Reflexão

Quanto é o bastante?



Nestas últimas semanas, tenho refletido muito sobre o “quanto é o bastante” para viver uma vida digna com as necessidades básicas surpridas. Sei que muitos dirão, isso é relativo, pois o que é digno para um, não é digno para outro. Concordo que isso é relativo, porém cada um de nós precisa saber o limite que se quer para ter o necessário para viver.

Para algumas pessoas, “o céu é o limite”, ou seja, não há limite, quanto mais melhor. Esse principio de vida leva muitas pessoas à escravidão do ter, trabalham feito loucas para acumular bens e não tiram tempo para viver em família, amigos e igreja. Quanto basta? As respostas definirão as prioridades de nossa vida. Podemos ganhar um bom salário, trabalhar com excelência, buscar novas oportunidades, melhorar de vida, mas a pergunta que precisa nos acompanhar é: qual a finalidade de tudo isso?

Paulo em sua carta aos efésios escreveu “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem tiver necessidade” Ef 4.28. Vejam bem o que o Apóstolo nos recomenda; trabalhar para repartir com os outros. O fruto do trabalho não é para ser apenas aplicado ao meu bel prazer, antes ele é para suprir nossas necessidades e as necessidades de outras pessoas. Aqui aprendemos o principio do repartir, ou seja, o principio de ofertar tanto para o Reino de Deus quanto para uma pessoa carente de necessidades. Quando repartimos demonstramos que não somos escravos do dinheiro, damos muito mais de nós mesmos, pois uma parte de nossa vida, da nossa segurança, dos nossos desejos vai para ajudar a quem precisa.

A generosidade nos move a olharmos para além de nós mesmos, e nos ensina a investir onde traças e ferrugens não corroem. Ela não é um sentimento, mas uma ação amorosa, fruto de uma decisão de saber o quanto é o bastante para viver. A generosidade tem a ver com a nossa espiritualidade, a medida que crescemos espiritualmente, aprendemos a investir com alegria no Reino de Deus que visa alcançar pessoas nas mais diversas situações de vida. Vamos imaginar: como seria se cada um de nós, colocasse em nosso orçamento o item generosidade? Como seria se de fato fossemos uma igreja generosa nos dizimos e ofertas, e com eles investissemos mais em missão e ação social? Com certeza, cumpriríamos melhor o nosso papel como cristãos e faríamos diferença na vida de muitas pessoas. Estou convencido que ser generoso é a melhor forma de viver. Um abençoado tempo de Advento!

Pr. Marcos A. da Silva


Veja mais Reflexão