Segurança

CPI da Pedofilia quer ouvir juiz que libertou acusado de matar jovens em Luziânia
14-04-2010 16:33

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga crimes sexuais contra crianças e adolescentes aprovou convite ao juiz da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Luiz Carlos de Miranda, responsável pela concessão de liberdade do pedreiro Adimar de Jesus Silva, assassino confesso de seis adolescentes de Luziânia (GO). O presidente da CPI, Magno Malta (PR-ES), quer saber em que se baseou o juiz para colocar em liberdade uma pessoa que já cumpria pena por esse tipo de violência.

Na mesma sessão, foram aprovados requerimentos de convocações da psiquiatra Ana Cláudia Sampaio, que emitiu laudo favorável à concessão da liberdade ao pedreiro, e da promotora da Vara de Execução das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal, Maria José Miranda. A promotora, segundo o presidente da CPI, teria redigido de próprio punho um parecer ao juiz no qual pontuou argumentos contrários à libertação de Adimar de Jesus.

O presidente da CPI destacou que ao convocar a psiquiatra Ana Cláudia Sampaio não faz qualquer pré-julgamento de sua conduta. Entretanto, afirmou que não terá “dúvidas em fazer recomendações ao Conselho Nacional de Psiquiatria se for constatado [pela CPI] erros”.

Durante a sessão, Magno Malta fez um relato da conversa que teve com Adimar de Jesus no presídio de Goiânia. “Conversei com esse cidadão e quando ele pronunciou as primeiras palavras deu para ver que se trata de um desequilibrado”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, o pedreiro teria dito que ouvia vozes para ter relações com meninos e depois matá-los.



Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
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