Segurança

Fura-catracas chegam a 3,8 mil invasões por dia em Curitiba
09-05-2016 20:48

Novo levantamento feito pelas empresas de ônibus mostra que, em média, 3.831 pessoas por dia furam a catraca em Curitiba, alta de 18% em relação à pesquisa anterior, quando foram contabilizadas 3.252 invasões por dia. O prejuízo do sistema é de cerca de R$ 400 mil por mês ou R$ 4,5 milhões por ano.

“O problema é grave e continua aumentando. Claramente temos de aumentar as ações que possam inibir essas ocorrências e combater esse tipo de crime”, diz o diretor-executivo das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, Luiz Alberto Lenz César.

A estação-tubo Praça Carlos Gomes, no sentido Terminal do Boqueirão, registrou o maior número de invasões: em média, 250 por dia. “A pesquisa apontou algumas invasões nessa estação como reflexo da liberação da catraca durante protestos contra a alta da tarifa. Entendemos que todos têm o direito de se manifestar, mas somos contra um protesto que incida em crime”, afirma Lenz César.

Já quando se compara o número de pessoas transportadas com o total de invasões, a estação-tubo Rio Barigui apresenta um dado alarmante: no sentido bairro, nos sete dias pesquisados, foram 640 invasões e 526 passageiros pagantes. Ou seja: mais gente invade do que paga a tarifa nessa estação. Ela também está no segundo lugar desse ranking, no sentido centro, com 718 invasões e 1.935 passageiros pagantes.

O levantamento mostra, ainda, uma mudança no perfil do invasor. Se na pesquisa anterior as gangues / tribos urbanas eram quem mais furavam a catraca, agora são os usuários comuns que aparecem na frente. “Talvez essa mudança seja explicada pela falta de punição aliada com a crise econômica, que leva ao aumento do desemprego e à ocorrência de mais conflito social”, diz Lenz César.

Pelo perfil, 32% das invasões foram feitas por usuários comuns, 22% por gangues / tribos urbanas, 19% por estudantes, 6% por torcedores e 21% por outros (quando o pesquisador não soube identificar o invasor).

A pesquisa foi feita durante sete dias, de segunda-feira a domingo, de 14 a 20 de março de 2016, com a participação de 1.100 colaboradores. O levantamento contabilizou 45 mil horas de pesquisa, com o preenchimento de 2,5 mil formulários, em período integral de operação, das 5h à 0h30. Participaram da ação as 11 empresas consorciadas: Marechal, Tamandaré, Glória, Santo Antônio, CCD, São José, Redentor, Expresso Azul, Araucária, Mercês e Cidade Sorriso.

“Essa pesquisa é uma contribuição das empresas de ônibus. O levantamento é uma ferramenta de grande valia no sentido de mapear os locais onde mais ocorre invasão, a fim de que os órgãos competentes possam agir preventivamente”, diz Lenz César.

Fonte: Setransp
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