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Implementação de 150 armadilhas de oviposição em São José dos Pinhais
30-01-2023 12:04

Foto: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais

O uso de armadilhas de oviposição, mais conhecidas como ovitrampas, para capturar os ovos do mosquito Aedes Aegypti é uma das estratégias da Prefeitura de São José dos Pinhais, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que ajudam no combate à proliferação da dengue no município. A medida consistirá na implantação de 150 ovitrampas, que serão espalhadas de forma homogênea na área urbana de São José dos Pinhais. 

A implementação dessa forma de monitoramento da dengue é orientado pelo Governo do Estado, e está sendo colocado em mais cidades do Paraná. O processo iniciou em fevereiro de 2022, e irá completar o ciclo de um ano de acompanhamento. Para a colocação dessas armadilhas, foi realizado um estudo pelo Professor Titular do Departamento de Zoologia, Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Mario Antonio Navarro, para a definição da quantidade de ovitrampas e os locais em que elas deveriam estar posicionadas.  

Em São José dos Pinhais, são 150 armadilhas de oviposição colocadas em algumas residências do município. Uma vez por mês, as ovitrampas são colocadas nas armadilhas, que consistem em simular o ambiente perfeito para a procriação do Aedes Aegypti: um vaso de planta preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, é inserida uma palheta de madeira que facilita com que a fêmea deposite seus ovos ali.

O equipamento fica no local por um período de quatro dias, de quinta a segunda-feira ou de sexta a terça-feira, e é enviado ao laboratório para contagem dos ovos. A cada semana a palheta de madeira é substituída. Após a coleta, as palhetas passam pelo processo de leitura, feito por meio de uma lupa e as amostras são analisadas por agentes da divisão epidemiológica. 

Pelo número de ovos, ou ausência deles, é possível saber qual é a quantidade de fêmeas presente nas regiões. Dessa forma, os agentes de endemias conseguem observar, de forma mais rápida e eficiente, a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate, sem que o inseto se desenvolva.