Museu Municipal de São José dos Pinhais mantém exposição de maquetes por 30 dias
30-08-2005 14:18

Casa da Estrela localizada no Alto da Glória –construída por Augusto Gonçalves de Castro, perito contador e funcionário da Macchine Cottons. Durante quatro anos,após o expediente, acompanhado de um ajudante, e munido de um serrote de 20 cm, de sua própria fabricação, entre outros apetrechos – dirigia-se a um descampado, no Alto da Glória, acendia um lampião de carbureto, e trabalhava até por volta das duas da madrugada na construção de uma casa. Seria essa uma crônica de um pai de família em busca de um teto, como tantos outros, não fosse esse um homem visionário. É a residência que construiu, exemplar de uma arquitetura sem precedentes na cidade e, pelo visto, fora dela

Devido ao grande sucesso de público e aos insistentes pedidos das instituições que não haviam conseguido agendar visitas durante o mês de agosto, a direção do Museu Municipal Atílio Rocco decidiu estender a exposição de maquetes por todo o mês de setembro. Vindos do Departamento de Arquitetura da UFPR, através do seu renomado professor Key Imaguire Jr. (coordenador do curso de Arquitetura), 10 maquetes permanecerão expostas à visitação e curiosidade públicas. Esta exposição complementa a de tombamentos locais, valorizando o Patrimônio Cultural paranaense e são-joseense que teve em agosto o seu mês comemorativo.

Comemorando o Dia do Patrimônio Histórico, 17 de agosto, o Museu Municipal de São José dos Pinhais, ícone cultural pertencente à Secretaria de Cultura de São José dos Pinhais, apresenta à visitação pública, em organizada exposição, os tombamentos patrimoniais (preservação) realizados nesta cidade pelo Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural - COMPAC.
Igreja, mausoléu e residências foram registrados como Patrimônio Histórico Cultural que poderão ser vistos em área, tipicamente decorada com lambrequins, onde se encontrava a exposição temporária “Descobrimento do Brasil”, que permaneceu com sucesso por quatro meses. De janeiro a julho de 2005, o Museu recebeu 1.086 visitantes, ou seja, uma média de 155 visitantes/dia útil, superando o registrado até julho de 2004 em suas exposições nas salas e espaços de objetos permanentes e temporários.

Segundo o diretor do Museu, André Luiz Sada, isto representa a preocupação com os traços culturais gerados pela arquitetura de casas de madeira (“casas de tábua”), em especial as casas de tronco das colônias polonesas de madeira de araucária. O maior patrimônio símbolo do Paraná é o Pinheiro Araucária, hoje seriamente preservado. A mancha da floresta de Araucária original irradia do centro do Estado até as encostas da Serra do Mar, até os Andes, além do Rio da Prata e até Minas Gerais. A árvore Pinheiro do Paraná marca a arquitetura em madeira, decorando a paisagem das cidades paranaenses.

Atendendo a terceira maior solicitação do formulário “Pesquisa do Museu”, que é preenchido por quem visita o Museu Municipal, exposição de interessantes e originais maquetes estão expostos, assegurando a madeira paranaense como um dos seus principais mercados responsáveis pela nossa economia e dirigido predominante à construção de forma histórica. Desde edificações mais simples até as mais elaboradas e complexas, inclusive igrejas, galpões, estações ferroviárias, tudo podia ser feito com a sua simples tecnologia. As elaborações ornamentais, principalmente lambrequins, conferem à madeira da Araucária um dos itens mais representativos de nossa cultura regional.

Publicado: Comunicação Social da Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais