Cidadania

ONG faz resgate voluntário em SJP
10-12-2015 20:03

A ONG Resgate Voluntário Parceiros da Vida atua em São José dos Pinhais desde 1993. No início, era um trabalho individual, do presidente-fundador do grupo, Luiz Marcelo Pereira. Em 2004, novos voluntários chegaram e hoje uma equipe de 14 pessoas trabalha 24h para atender ocorrências com vítimas de traumas (acidentes) e problemas clínicos, dando apoio ao Siate e ao Samu.

“O nosso trabalho é de intervenção rápida, para dar o suporte básico de vida à vítima até a chegada da ambulância de resgate. Congelamos a cena, estabilizamos a vítima e, quando necessários, informamos à regulação médica qual tipo de apoio vamos precisar, se haverá necessidade de médicos, helicóptero. Prestamos os primeiros socorros mas não fazemos o transporte”, conta Marcelo.

Na maioria das ocorrências atendidas, a equipe voluntária chega primeiro ao local onde está a vítima. “Conseguimos chegar mais rápido porque não ficamos parados na base, ficamos rodando no Município e paramos em pontos estratégicos, com saídas rápidas”, explica. O atendimento é feito em toda Região Metropolitana de Curitiba.

As informações sobre os acidentes chegam via radiofrequência. Todos os custos, como combustível para os veículos, equipamentos e uniformes, são divididos entre a própria equipe. “O trabalho é voluntário por isso todos têm o seu trabalho, não vivemos disso. Dividimos os custos e temos a minha casa como base. O plantão é por escala, baseada na disponibilidade dos integrantes.”

A ONG utiliza o carro particular do presidente mas busca parceiros para aquisição de um veículo próprio. Marcelo, que já pagou até táxi para atender uma ocorrência, conta que essa é maior dificuldade do trabalho. “Temos o apoio da PM e da GM mas um médico implicou conosco por usarmos o giroflex pra abrir caminho e agora buscamos uma viatura oficial, para caracterizar com o nome da ONG e registrar no Detran.”

Além dos atendimentos, a ONG ministra treinamentos de prevenção e primeiros socorros em empresas e órgãos, sendo alguns eventos com parceria da Guarda Municipal e a Polícia Militar. “Do ponto de vista operacional, o trabalho deles é de suma importância, visto que possuem todo treinamento e aprimoramento necessários para o trabalho. Mas o mais importante é o respeito pela autoridade legal do bombeiro na ocorrência. Quando chegamos depois, eles passam a autoridade para gente, sempre dispostos a ajudar”, diz o tenente Alisson Rocha, do 6º Grupamento de Bombeiros, localizado no Afonso Pena.

O motorista Rodrigo Hey já precisou dos serviços do resgate voluntário. “Sofri um acidente de moto na Avenida das Torres, eles não demoraram cinco minutos pra chegar no local, já o Siate levou 35”, diz. “Eles imobilizaram meu pescoço, cuidaram do ferimento do braço que estava com bastante sangue. Queria levantar e beber água, não deixaram, me acalmaram, colocaram um guarda-sol. O atendimento foi 100%”, acredita a então vítima.“Sempre via o carro deles circulando por aí, mas nem sabia do que se tratava. Só fui saber quando me atenderam. Este é um trabalho que não pode parar”

O Resgate Voluntário Parceiros da Vida busca agora um termo de cooperação técnica com a Prefeitura para poder dar prosseguimento às ações. “Fazemos por amor mas precisamos de apoio para continuar atuando com rapidez e eficiência”, ressalta o fundador da ONG, que tem a mulher e os dois filhos atuando no resgate voluntário.

O telefone para atendimento a vítimas é o (41) 9824-9072.

Publicado: GuiaSJP.com - Jornalista Mauren Luc (Reprodução autorizada mediante citação do GuiaSJP.com)
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