Cultura

Cineastas destacam: festival abre janela cinematográfica no Paraná
07-10-2007 05:55

Os cineastas paranaenses comemoram a segunda edição do Festival do Paraná de Cinema Brasileiro. A noite de abertura do evento foi prestigiada não só por diretores que estão concorrendo na Mostra Competitiva, mas, também, por realizadores que reconhecem a importância dessa iniciativa como um estímulo à produção audiovisual do Paraná.

O diretor Geraldo Pioli conta que desta vez não entrou na grade oficial do Festival, pois estava finalizando um documentário sobre a vida dos músicos paranaenses Nhô Belarmino e Nhá Gabriela. “Esse festival é importante como um todo. O Governo do Paraná é o único no país que tem a preocupação com os países vizinhos. Como esse é um festival de curtas e longas existe uma série de filmes que a gente não viu, não só daqui, mas de outros países que agora temos a oportunidade de conhecer. Isso reflete evidentemente numa mostra de verdade que agora está na segunda edição aberta a América Latina”, elogia.

O realizador Eduardo Baggio concorda. Ele vive uma situação semelhante a de Pioli e não pôde participar da mostra competitiva pois durante o período de inscrição estava terminando o filme Amadores do Futebol – que também recebeu o Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo realizado pela Secretaria de Estado da Cultura na categoria Telefilme. “Para mim toda a forma de exibir, divulgar, discutir e refletir sobre os filmes é fundamental. Principalmente se a gente conseguir integrar e atrair gente de fora para que veja o trabalho daqui e que a gente possa assistir o que vem de outras praças. Assim podemos melhorar a nossa distribuição. Os festivais ajudam muito porque a gente está exibindo e divulgando para pessoas da área que podem seguir caminho em outros locais”.

A opinião é compartilhada pelo experiente videomaker Tiomkin, uma das maiores autoridades em audiovisual no Paraná e que apresenta há 12 anos o programa Cinemascope na rádio Paraná Educativa FM. Para ele o evento é importante não só para o cinema paranaense, mas também para o cinema brasileiro e latino. “Esse é mais um espaço onde os cineastas têm a oportunidade de mostrar suas produções. Isso valoriza o trabalho dos profissionais do cinema e no caso paranaense reafirma a importância dos nomes de Fernando Severo, Beto Carminatti, Elói Pires Ferreira, Paulo Munhoz entre tantos outros cineastas daqui. Acredito que o Festival dá mais estímulo as novas produções e talentos que estão surgindo com essa parceria do Governo do Paraná com a escola CineTV PR e tenho certeza que esse evento será uma marca registrada no calendário cultural do Paraná”, elogia.

O diretor paranaense Paulo Munhoz, citado por Tiomkin, por sua vez, participa do Festival com duas produções: o longa-metragem Brixos na Mostra Infantil e na Mostra Competitiva com o Curta Pax. Ele crê que quanto mais eventos tiverem na área audiovisual, melhor. “Seja uma ação do governo ou particular o que está havendo é uma permeabilidade na sociedade da importância do audiovisual. O festival é um estímulo à troca”, comenta.

Munhoz acha que os festivais são uma janela privilegiada para a obra cinematográfica brasileira. “Há uma dificuldade muito grande para se chegar à sala de cinema comercial para qualquer realizador. O festival é o momento de contato com o público, de fomentar esse dialogo. Nós estamos num momento de cem anos de cinema no Paraná em que tem muita coisa acontecendo de vários cantos. Essa diversidade é o mais importante. As pessoas estão despertando para o quanto é importante isso aí”, finaliza.

Na foto de Julio Covello-SEC : Luis Renato Ribas da Cine Vídeo, Tiokim do Museu da Imagem e do Som e o cineasta Fernando Severo na abertura do Festival de Cinema Brasileiro e Latino.

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