Cultura

Trechos da ópera Carmem compõem programação do concerto deste domingo no Guairão
05-12-2007 17:44

A Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do maestro Andrea Di Mele, apresenta neste domingo (9), às 10h30 no Guairão, uma programação composta por duas Suítes, nº 1 e nº2 de Carmem, a mais popular ópera de Bizet, e a Sinfonia nº 9 em Mi Menor - Op. 95, de Antonin Dvorak. Os ingressos custam R$ 20 (platéia) e R$ 10 (1º e 2º balcões) e estão à venda nas bilheterias do Teatro Guaíra.

As suítes nºs 1 e 2 são da obra Carmen, a última e a mais famosa ópera de Bizet, cuja trama acontece na região espanhola de Sevilha. O compositor escreveu duas suítes que se encadeiam a partir dos temas da ópera. As árias e as peças de conjunto são preenchidas por vários instrumentos em substituição às vozes. Ambas foram transcritas em 1855 por Ernest Guiraud (parceiro de Bizet na elaboração dos recitativos e as falas da ópera Carmen) e só foram encontradas em 1935.

Georges Alexandre César Léopold Bizet (1838-1875), compositor francês, morreu jovem, aos 37 anos. Sua ópera Carmem, hoje a mais popular do seu repertório, foi um desastre em sua primeira apresentação, em récita fechada para poucos convidados. Somente após a morte do compositor foi apresentada ao público e tornou-se o maior sucesso internacional do teatro lírico francês.

Em Carmem a espontaneidade e a variedade de melodias, acrescidas da viva penetração nos sentimentos dos personagens, renovaram a ópera francesa. A dramaticidade reconstitui o drama centralizado na volubilidade da cigana Carmen e no ciúme de seu parceiro, o soldado Don Juan que a assassina no último ato. Bizet exortava os compositores a expor todos os sentimentos, fazer rir ou chorar.

Além de Bizet, outro grande nome que também será homenageado no concerto é Dvorak. Deste será apresentada a Sinfonia Nº 9, que é baseada em elementos musicais retirados da música americana, durante o período em que o compositor dirigiu o Conservatório Nacional de Música de Nova York, em 1892. Dvorak chamou a obra de “Novo Mundo” e sua estréia foi durante um concerto da Sociedade Filarmônica de Nova York, dirigido por Anton Seidl, em dezembro de 1893, com sua presença.

Já reconhecido internacionalmente como compositor, em 1891, Antonin Dvorák foi convidado por Jeanette Thurber a assumir a direção do Conservatório Nacional de Música de Nova York, apesar do nome, uma instituição particular com intenções filantrópicas. Chegou à cidade em 1892, em meio às comemorações do quarto centenário da descoberta européia da América, trazendo pronto a obra Te Deum, para ser executada nas homenagens.

Foi no período nova-iorquino que Dvorák escreveu a 9ª Sinfonia que nominou de “Novo Mundo”, baseado em suas impressões sobre a América. Na composição fez uso de diversas manifestações musicais americanas, incluindo temas indígenas e do Negro Spirituals, que conheceu através de Henry Burleigh, um compositor e cantor, aluno do Conservatório.

Está é a terceira vez este ano que o maestro Andrea Di Mele vem a Curitiba para reger a Orquestra Sinfônica do Paraná. A primeira foi em junho deste ano, quando apresentou o Concerto Comemorativo aos 200 anos de Giuseppe Garibaldi, e a segunda foi em julho, em comemoração ao Dia Nacional da Itália. Andrea Di Mele é atualmente o preparador e o diretor convidado da Orquestra do Teatro Lírico de Tradição “Marrucino di Chieti”, da Itália.

Andréa regeu importantes obras operísticas, incluindo repertório russo. Em seu currículo constam obras do barroco, óperas cômicas de câmera: Mozart (Bastiano e Bastiana), Galuppi (Il Filosofo di campagna), Paisiello (La serva Padrona), Jommelli (L’Uccellatrice), Donizetti (Rita), Rossini (la Cambiale di Matrimonio); “Le nozze di Figaro e Tosca”. Apresentou-se em Israel, Espanha, Ungria, Romênia, Albanía, Croácia, no grande repertório Operístico Italiano (Elisir d’Amore; Don Pasquale; Barbiere di Siviglia; Traviata, Tosca).

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