Economia

Amorim prevê para final de outubro novo texto de presidentes sobre Rodada de Doha
26-09-2007 13:43

Nova York (EUA) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, fala à imprensa após encontro com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab


Nova York (EUA) - Um dos principais temas discutidos pelo Brasil em encontros bilaterais e discursos na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi a necessidade de concluir a chamada Rodada Doha de negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Previstas na "rodada", a redução dos subsídios agrícolas nos países ricos e a diminuição das tarifas de importação industrial nos países em desenvolvimento devem ser o assunto central de uma outra reunião marcada para hoje (26), na sede da ONU, entre chanceleres do IBAS, grupo que reúne Índia, Brasil e África do Sul.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que participa do encontro às 10h (horário de Nova York), disse que um novo texto de presidentes sobre as negociações deve ser fechado até o final de outubro deste ano.

Segundo Amorim, no dia 17, o presidente Lula discute o assunto em uma reunião do IBAS, na África do Sul. Encontros ministeriais em Genebra com representantes de outros países ligados à OMC também devem ocorrer nas próximas semanas.

“O que o Brasil sugerir [no âmbito internacional] tem que ser uma coisa que seja aceita por outros”, destacou o chanceler brasileiro, que ,na tarde de ontem (25), reuniu-se com a secretária de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Susan Schwab, e cobrou, “muito afavelmente”, mais ênfase na oferta de acesso a mercado nos países ricos.

“Não negociamos. Conversamos. Quando qualquer coisa chegava perto na negociação, a gente parava. Essas conversas exigem tempo, e iniciamos um processo que será longo. Essas coisas exigem tempo e detalhe.”

Na segunda-feira, o presidente Lula reuniu-se em Nova York com o presidente do Estados Unidos, George W. Bush. Após o encontro, ele disse que Bush está mais "flexível" em relação à Rodada Doha.

Para Lula, as negociações têm e devem estar fechadas antes das eleições norte-americanas, que ocorrem no ano que vem. "O mundo não pode esperar as eleições americanas.”


Juliana Cézar Nunes
Enviada especial
Foto:Marcello Casal Jr/ABr
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