Economia

Bolsa de São Paulo bate recorde e zera perdas com a crise na economia dos Estados Unidos
24-09-2007 19:48

Brasília - Favorecida pela redução da taxa de juros básica dos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera hoje (24) em níveis recordes, anulando as perdas provocadas pela crise no mercado imobiliário norte-americano.

Às 14h28, o índice Ibovespa, que acompanha o valor das ações mais compradas e vendidas, estava em 58.360 pontos, com alta de 0,98% sobre os 57.799 pontos registrados na abertura dos negócios.

O recorde anterior havia sido registrado em 19 de julho, quando a bolsa fechou aos 58.124 pontos. Boa parte dessa recuperação é impulsionada pelo retorno dos investidores estrangeiros.

Depois de apresentar saldo negativo de R$ 5,937 bilhões no acumulado dos últimos três meses, a Bovespa registrou entrada líquida (após o confronto entre o ingresso e a retirada de recursos) de R$ 1,873 bilhão até o dia 19 de setembro, conforme o último dado divulgado pela bolsa.

Praticamente estável, o dólar comercial está sendo cotado a R$ 1,874, com avanço de 0,21% sobre o fechamento de sexta-feira (21).

O risco país, que mede a confiança dos investidores nos títulos públicos brasileiros, marcava 171 pontos no início da tarde, em alta de 0,58% sobre a abertura dos negócios.

No último dia 18, o Federal Reserve (FED), banco central norte-americano, reduziu os juros básicos dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual, para 4,75% ao ano.

A diminuição foi bem recebida pelos investidores, que avaliam que os juros menores facilitarão a circulação de dinheiro na economia mundial, aliviando as restrições de crédito provocadas pela crise de semanas atrás.

O maior indicador do bom desempenho da Bovespa está no valor de mercado das 390 empresas mais negociadas. Depois de fechar agosto em queda de 1,8%, o indicador subiu 8% até a última sexta-feira (21), quando registrava o recorde de US$ 1,198 trilhão, conforme o último dado fornecido pela bolsa.

O aumento, de US$ 89,1 bilhões, equivale a um total de R$ 166,6 bilhões. A quantia equivale a quase o triplo dos R$ 40,6 bilhões previstos no orçamento do Ministério da Saúde para este ano.

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
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