Economia

Paraná e Petrobras discutem exploração de gás em Pitanga
24-05-2007 12:38

O governador em exercício Orlando Pessuti participou nesta quarta-feira (23) no Palácio das Araucárias, sede do governo em Curitiba, de uma reunião com representantes da Petrobras, Mineropar, Compagas, BR Distribuidora e do próprio governo para a elaboração de um plano destinado à exploração da bacia de gás natural de Barra Bonita, no município de Pitanga, na região central do Paraná.

Os poços, com mais de 4 mil metros de profundidade cada, possuem uma reserva estimada em 500 milhões de metros cúbicos de gás, o suficiente para garantir uma produção mensal de 35 mil metros cúbicos por mês, a um custo de US$ 0,9, pelo prazo mínimo de 20 anos.

“A principio, o escoamento da produção será feito nos moldes do gasoduto móvel, ou seja: o gás será transportado por carretas para o consumo industrial”, explicou Antonio Luiz Fernandes dos Santos, gerente geral de Desenvolvimento de Negócios e Projetos da Petrobras. “O maior obstáculo, no momento, é o custo para a pavimentação da estrada, que liga a PR-466 a localidade de Barra Bonita, onde estão localizados os dois poços”, acrescentou.

O trecho tem cerca de 28 quilômetros de extensão e o custo da pavimentação para receber tráfego pesado está calculado de R$ 30 a R$ 35 milhões. Esta seria a contrapartida do Governo do Estado, enquanto que a Petrobras teria de investir US$ 10 milhões em obras de infra-estrutura e compra de equipamentos na montagem da usina de Barra Bonita.

No entanto, a montagem da usina só será iniciada depois que a Petrobras firmar o contrato de parceria com o Governo do Estado, de distribuição com a BR e de fornecimento de gás com a Compagas e clientes industriais. A previsão é que o projeto esteja concluído em julho e que a produção de gás seja iniciada em dezembro de 2008.

O governador em exercício Orlando Pessuti disse que, desde a década de 60, vem acompanhando as informações de exploração em busca de petróleo e gás em Pitanga e Porto Rico. “Vários poços foram perfurados pela Petrobras e, na década seguinte, pela Paulipetro, empresa ligada ao governo de São Paulo. Depois, vieram as audiências públicas em Apucarana para a construção de um gasoduto. Criou-se uma expectativa muito grande na região, mas só agora estamos caminhando para algo real”, afirmou.

Ele destacou que sempre defendeu o uso de gás natural na produção de energia. “Cerca de 30% de toda energia elétrica que abastece o Brasil passa pelo Paraná. Portanto, não temos problemas de energia elétrica. Era preciso buscar alternativas e o gás natural de Pitanga surge como a melhor delas”, finalizou.

Agência Estadual de Notícias
Fotos: Julio Covello-SECS
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