Economia

Paulo Bernardo avalia motivos de PIB abaixo da meta e prevê crescimento maior em 2006
25-02-2006 13:14

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, avalia que o resultado do PIB de 2005 se justifica pela crise da agropecuária, a alta de juros praticada pelo Banco Central (que ele considerou necessária para desacelerar a inflação), a crise política e também pelo fato das empresas terem interrompido a produção no terceiro trimestre para fazer estoque. Contudo, o ministro do Planejamento disse que a economia deve ter uma reação positiva da economia em 2006.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira fechou o ano de 2005 com crescimento de 2,3% em relação a 2004 quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,9%, o maior índice dos últimos nove anos. O resultado do ano passado ficou abaixo da meta do governo, fixada em 4%.

Ao reconhecer que a crise política também teve efeito no baixo índice do PIB, medido em 2,3%, Paulo Bernardo prevê que o assunto terá efeito secundário no primeiro semestre de 2006. "A crise política, principalmente no segundo semestre do ano passado, teve um efeito de desestimular o consumidor e o empresário, e conseqüentemente, isso teve efeito no desempenho da economia. Mas, agora, a crise política está longe de ser o problema que foi no final do ano passado", estimou.

O ministro destacou que a economia em 2005 também registrou eventos positivos, a despeito do índice ter ficado abaixo da estimativa. "Nós tivemos um aumento da massa real de salário de 5,35% no ano passado. O volume de emprego aumentou 5,88%, também foi maior a venda de bens duráveis. A produção de automóveis, por exemplo, foi recorde no ano passado. Isso significa que alguns setores da economia tiveram desempenho muito bom, apesar de na média não ter sido assim", disse.

Para o ministro, alguns fatores que devem colaborar para que o PIB deste ano tenha um desempenho melhor: a perspectiva da redução da taxa de juros, a antecipação de investimentos por parte do governo para o primeiro semestre (em função do período eleitoral), o aumento do poder de compra das famílias com o reajuste do salário mínimo e o impacto na economia dos programas sociais do governo.

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