Economia

Perdão de dívida de países latino-americanos com o BID é uma vitória, diz ministro
19-03-2007 12:56

Luciana Vasconcelos*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem (18) que o cancelamento das dívidas que a Bolívia, Haiti, Guiana, Honduras e Nicarágua tinham como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi uma ação positiva para ambos.

“Estava ficando praticamente insustentável a situação desses países, e houve a decisão de fazer o perdão. Acho que foi uma vitória do banco e benefício para esses países”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

O anúncio do fim da dívida - no valor total de US$ 4,4 bilhões, relativos a saldos pendentes em dezembro de 2004 - foi feito na última sexta-feira (16). O cancelamento foi aprovado pela assembléia de governadores do banco e endossado pelos governadores dos 47 países membros.

Segundo ele, o perdão será um dos destaques do discurso que fará na próxima quarta-feira (21), na Guatemala, onde está desde ontem para participar da 48ª Reunião Anual da Assembléia de Desenvolvimento do BID e da 22ª Reunião Anual da Assembléia de Governadores da Corporação Interamericana de Investimentos (CII).

Hoje (19), o ministro fará a transferência do Brasil para a Guatemala da presidência da Assembléia de Governadores do BID. “Acredito que as tarefas que couberam ao Brasil neste ano de trabalho foram desempenhadas a contento e nós vamos entregar a presidência da assembléia com a missão cumprida”.

De acordo com ele, o Brasil tem uma carteira de quase US$ 7 bilhões em empréstimos com a instituição financeira, sendo que maior parte é com a União. Ele afirma que o dinheiro é usada em diversos programas.

“Normalmente, é vinculados à tarefa de melhorar o desenvolvimento, em programas na área de saneamento, de distribuição de renda, infra-estrutura”.

Para Bernardo, o atual processo de reestruturação do BID permitirá empréstimos de mais recursos para a União, estados e municípios. Além disso, acrescentou, deve intensificar a parceria do banco com a iniciativa privada brasileira.

“Evidente que a presença do BID é muito importante no nosso país e ela pode, inclusive, melhorar. Temos condição de intensificar essa relação, de aumentar essa carteira. O BID tem demonstrado interesse, e nós queremos aproveitar o possível de espaço para fazer isso”.


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