Economia

Petrobras pede mais 20 dias para negociar acordo com a Bolívia
29-10-2006 04:16

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo boliviano afirmou neste sábado(28) que a Petrobras pediu um prazo de 20 dias para fechar um acordo segundo as regras do decreto de nacionalização de hidrocarbonetos. O prazo original terminou à meia-noite deste sábado (1h da madrugada, no horário de Brasília).

Pelo decreto boliviano, editado no dia 1º de maio, as empresas de petróleo e gás que operam no país se tornaram prestadoras de serviço da empresa estatal boliviana YPFB. A estatal brasileira não confirma o pedido.

Segundo o ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, a Petrobrás deve entender que “não está mais vivendo no tempo das anomalias, com governos fantoches que renunciaram ao controle dos recursos naturais.”

Executivos da Petrobras estão reunidos hoje com representantes da estatal boliviana e do Ministério de Hidrocarbonetos para fechar um acordo sobre os termos do decreto de nacionalização.

O governo boliviano reconhece que a negociação com a estatal brasileira é “complexa, difícil, mas que não é uma negociação impossível”. Os bolivianos também reiteraram que querem a Petrobras como parceira estratégica, mas que a empresa deve se adaptar à nova realidade que vive o país.

Esta semana, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse estar otimista quanto às negociações envolvendo o gás natural. O ministro afirmou que percebe “uma atitude mais pragmática e uma busca de soluções, digamos, menos retórica”. Ele acredita que a Petrobras e a YPFB fecharam um acordo dentro do prazo estabelecido pelo decreto de nacionalização.

Ontem, o governo boliviano anunciou que as empresas Total e Vintage assinaram os novos acordos de exploração. Outras oito empresas ainda negociam com o governo.

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