Economia

Serviços e indústria criam maior parte dos empregos de março, aponta Caged
26-04-2006 21:24

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O setor de serviços e a indústria de transformação concentraram 86% das novas oportunidades de emprego no mês de março. É o que revela os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (26) pelo Ministério do Trabalho. A pesquisa, elaborada pelo ministério, leva em conta as pessoas com trabalho registrado em carteira pelo regime da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT) – os chamados celetistas.

Esse resultado fez com que março deste ano tenha sido o segundo melhor desempenho para o período dessas atividades. No setor de serviços, foram abertas 40.725 vagas, sendo cerca de 15 mil apenas na área de ensino e a mesma quantidade em administração de imóveis, serviços técnicos e profissionais.

O comércio foi o único setor que registrou queda no nível de emprego em março de 0,15% em relação a fevereiro. O principal fator foi a dispensa de 11.602 trabalhadores celetistas pelo comércio varejista. No acumulado do ano, entretanto, o setor apresentou variação positiva de 0,10%, equivalente à abertura de 5.474 vagas.

Já na indústria da transformação, foram criados 25.062 empregos com carteira assinada. Os ramos que apresentaram melhor desempenho foram: indústria da borracha, fumo, couros e peles (8.984 novos postos), produtos alimentícios (4.126), têxtil (3.468), calçados (3.396 empregos) e metalurgia (2.541).

A agropecuária também registrou o segundo melhor desempenho para o mês de março, com 6.765 novos empregos, resultado inferior apenas a março de 2003, quando ocorreram 11.030 contratações com carteira assinada. A construção civil registrou 5.203 novas vagas e a administração pública, 5.964.

O Caged revela ainda que a região Sudeste concentrou a maior parte das oportunidades em março. Foram 70.975 vagas, sendo 55.732 em São Paulo e 12.186 em Minas Gerais. Em quase todas as regiões houve crescimento na oferta de emprego, com exceção do Nordeste que continuou a apresentar resultado negativo, com a dispensa de 17.992 trabalhadores. O relatório do Caged aponta que a queda se deve a motivos sazonais relacionados ao término do ciclo produtivo sucroalcooleiro.
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