Economia

Vendas do comércio no Paraná aumentam 9,73%, revela IBGE
17-11-2006 17:55

As vendas no comércio varejista do Paraná aumentaram 9,73% em setembro na comparação ao mesmo mês do ano passado. A constatação é um dos destaques da pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta sexta-feira (17). O estudo leva em consideração o volume de vendas de 10 itens como combustíveis, alimentos, vestuários, materiais de construção e de escritório.

De acordo com o IBGE, a taxa confirma a tendência de crescimento acentuada a partir de agosto, quando o setor registrou alta de 6,84%. Os melhores resultados no Paraná estão ligados à atividade dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. A alta no período para esse setor chegou a 11,04%, no comparativo a setembro de 2005.

O segundo maior impacto no comércio varejista ficou com o segmento de móveis e eletrodomésticos. De 1º a 30 de setembro, o setor registrou variação positiva de 20,61%, em relação ao mesmo período ano passado. Na seqüência estão computadas as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com crescimento de 27,18% (terceiro maior no estudo).

A atividade de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, quarto maior impacto positivo no varejo, registrou acréscimo de 25,67%. A venda de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou alta de 4,14%, ficando com a quinta posição no ranking do IBGE. O segmento de tecidos, vestuário e calçados registrou 2,58%, segunda alta consecutiva no comparativo a agosto e setembro de 2005.

Conjuntura – Na avaliação do economista Gilmar Mendes Lourenço, diretor do Núcleo de Análise de Conjuntura do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), três fatores vem contribuindo positivamente nas vendas do comércio varejistas do Brasil e do Paraná. “No Estado, o crescimento é puxado pelas atividades de hipermercados e supermercados, móveis, eletrodomésticos e equipamentos de informática”, disse.

O primeiro a contribuir para este fenômeno, segundo Lourenço, é o aumento da massa de salário da população. Esta recuperação está ligada aos investimentos que geram mais empregos e aumento do salário acima da inflação. Vale destacar que este ano o Paraná adotou o Piso Mínimo Regional de R$ 437, o maior do país com 19,7% a mais que o nacional, de R$ 350.

“Em segundo lugar está à massa de renda da população que aumentou neste período”, explica o economista. Segundo ele, este fator estaria ligado ao início do pagamento do abono do PIS (Programa de Integração social) para trabalhadores com baixa renda, a antecipação de parcelas do 13º salário e a restituição do Imposto de Renda para pessoa física.

Crédito – “Com o aumento da massa de renda, parte deste montante é transferido para o consumo”, analisa Lourenço. O terceiro e último fator estaria ligado ao aumento de crédito direto aos consumidores. “Principalmente do crédito de consignação, que é descontado na folha de pagamento e apresenta inadimplência de quase zero por cento”, disse.

A ampliação do crédito, na opinião do economista, explica o aumento na aquisição de móveis e eletrodomésticos e de material de escritório. Em relação ao crescimento nas vendas de equipamentos de informática, Lourenço detalhou que isto está ligado diretamente à política cambial.

“A valorização do real frente ao dólar barateia a aquisição de componente e produtos finais de informática”, concluiu. O economista acredita que a alta nas vendas do comércio varejista deverá se acentuar mais até dezembro, principalmente em função dos preparativos do Natal e reveillon, tradicionais festas de final do ano.

Agência Estadual de Notícias
POW INTERNET
<

Nenhum item encontrado