Educação

Governo apresenta proposta de reestruturação da carreira docente do ensino superior
15-05-2008 12:29

Os secretários de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto; da Administração, Maria Marta Lunardon; e do Planejamento e Coordenação Geral, Ênio Verri, em reunião realizada nesta quarta-feira (14), no Palácio das Araucárias, apresentaram a proposta de Reestruturação da Carreira Docente. A proposta foi explanada aos reitores das Instituições Estaduais de Ensino Superior e ao grupo trabalho constituído para cuidar da questão.

O projeto contempla a mudança de 15% para 20% da gratificação de mérito para os especialistas, altera o percentual de interclasse do professor auxiliar para assistente de 25% para 15%, bem como institui um único nível para a classe de professor auxiliar. Essas alterações irão representar um reajuste médio de 22,5% para os professores do ensino superior estadual.

A proposta de Reestruturação da Carreira Docente do Ensino Superior deverá ser encaminhada à Assembléia Legislativa e sua implantação está condicionada à capacidade financeira do Estado.

A secretária Lygia Pupatto considerou esses resultados muito importantes para a categoria: “Agradeço ao Grupo de Trabalho pela seriedade com que conduziu as discussões. É um avanço extraordinário que nós estamos tendo dentro do nosso governo, para os professores do ensino superior. É um reenquadramento que vai proporcionar esse reajuste. É uma atualização da carreira dos professores, que desde 1997 está em vigor nas universidades estaduais.”

“Apresentamos hoje ao grupo de trabalho uma proposta de tabela, que ainda deve passar pelos trâmites de praxe. Mas o mais importante é ressaltar que a nossa opção é pelo diálogo, sempre, para que as categorias ou os representantes das diversas universidades, tenham no governo do estado alguém com quem conversar, alguém que saiba o que está acontecendo”, disse a secretária Maria Marta Lunardon.

O secretário Ênio Verri reforça a perenidade que a conquista vai representar para a categoria: “O mais importante é ressaltar que tivemos alguns saltos e são conquistas que não podem voltar atrás e isso é que é importante, porque uma vez aprovada na Assembléia, passa a ser uma conquista permanente. Se o próximo governo, por exemplo, não adotar a mesma linha que a nossa, não tem como tirar essa conquista. E aí vai depender da capacidade de mobilização dos reitores e dos movimentos sindicais para manter e ampliar essas conquistas”, afirmou.

REITORES - O reitor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Wilmar Marçal, também falou sobre as conquistas: “É o momento de deixar de lado as diferenças. Considero que isso representa um avanço. E temos que ter expectativas de avançar um pouco mais e nós saímos daqui fortalecidos.”

O vice-reitor da UEL, César Antonio Caggiano Santos, também considerou um avanço a proposta: “Nós podemos considerar que tivemos um aumento médio de 28,89% no nosso salário atual. Uma proposta que foi discutida com o governo, e nós conseguimos esses avanços. Existe agora uma política de governo de reposição salarial anual e que isso vai ter seqüência. Quando falamos sobre as universidades federais, que têm propostas que vão até 2010, podemos afirmar que nós também temos, porque vamos ter reajustes anuais em cima desta proposta. Então, é desta forma que eu avalio que houve um grande avanço dos docentes das universidades estaduais com o governo do Estado.”

AEN
Foto: Jorge Woll-SECS
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