Educação

Matrículas nos cursos de qualificação sobem de 13 mil para 72 mil no Paraná
12-03-2008 14:34

Em reunião realizada nesta terça-feira (11), em Curitiba, integrantes do Conselho Estadual de Política Industrial discutiram formas de ampliar projetos de qualificação de mão-de-obra no Paraná. Durante o encontro, foi traçado o perfil de cursos profissionalizantes ofertados pelo governo do Estado, Serviço Nacional de Indústria (Senai) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFET).

A chefe do Departamento de Educação e Trabalho da Secretaria Estadual de Educação, Sandra Garcia, destacou a expansão da educação profissional no Paraná, a partir de 2003, quando foram efetuadas 13.322 matrículas nos cursos profissionalizantes. Em 2007, este número saltou para 72.201.

Em 2003, o número de cursos oferecidos era de 102, contra 421 ofertados em 2007. O total de estabelecimentos, que era de 86 em 2003, saltou para 282 no ano passado. Os cursos, que antes chegavam a 56 municípios, hoje abrangem 163.

Atualmente existem 17 colégios agrícolas autorizados, além de um colégio florestal. São cursos nas áreas de indústria, serviços, saúde e agricultura. Os investimentos do Estado na educação profissional, de 2003 a 2007, totalizam R$ 30 milhões.

SENAI – O gerente de serviços técnicos e tecnológicos do Serviço Nacional da Indústria (Senai), Reinaldo Victor Tockus, discorreu sobre as propostas de criação da entidade, que está completando 65 anos no Paraná. Ele destacou que hoje são 840 unidades no Brasil. No Paraná, são 26 unidades fixas, 3 centros de tecnologia e 9 extensões de unidades, totalizando 35 pontos no Estado.

O Senai oferece desde cursos rápidos de treinamento, com duração de quatro horas, até cursos técnicos e profissionalizantes, com 400 horas de duração. Só no ano passado, foram feitas 72.961 matrículas em cursos técnicos, de qualificação profissional e de especialização.

INSTITUIÇÕES FEDERAIS – No final do ano passado, o governo federal anunciou a criação de 150 escolas técnicas federais, em todo o país até 2010. O Paraná foi contemplado com seis escolas técnicas de nível médio, que vão funcionar nos municípios de Paranaguá, Foz do Iguaçu, Jacarezinho, Umuarama, Paranavaí e Telêmaco Borba.

O diretor da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, Alípio Leal Santos Filho, destacou que os cursos vão levar em conta as características da região onde a instituição estiver instalada. Ele citou como exemplo a unidade de Paranaguá, onde já existe demanda para cursos de logística e de administração portuária.

Alípio Santos Filho lembrou que no Paraná mais de 150 mil pessoas concluem o ensino médio todos os anos, mas nem um terço desse total chega ao ensino superior. Ele destacou ainda que hoje faltam professores para as disciplinas de química, física, biologia e matemática.

“Uma das nossas missões será atender também a essa demanda”, afirmou. Por isso, 50% das matrículas nos cursos do Instituto Federal de Educação Tecnológica (Ifet) vão ser destinadas para a educação profissional técnica, preferencialmente integrada ao ensino médio e 20% para licenciaturas, em disciplinas como matemática, química, física e biologia.

O secretário do Planejamento, Enio Verri, um dos integrantes do Conselho de Política Industrial, esclarece que o órgão tem papel estratégico na construção da parceria entre o governo do Estado e os setores organizados da indústria, para fomentar o desenvolvimento das empresas. “Com este cenário das políticas já existentes no Paraná, podemos ver as perspectivas do conselho contribuir para aprimorar ainda mais a mão-de-obra paranaense, melhorando o desempenho das empresas”.


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