Educação

Requião inaugura em Curitiba primeira escola estadual de educação especial
13-05-2008 12:02

O governador Roberto Requião; o ministro da Educação, Fernando Haddad; e o secretário da Educação, Mauricio Requião, inauguraram nesta segunda-feira (12) em Curitiba a primeira escola estadual de educação especial do Paraná. A Escola Estadual de Educação Especial Lucy Requião de Mello e Silva tem capacidade de atendimento superior a 260 alunos portadores de necessidades educacionais especiais e começa a funcionar com aproximadamente 60 crianças divididas em sete turmas.

O governador Requião salientou que a localização da escola facilita a integração dos estudantes. “Esta escola atenderá às crianças que não podem se integrar às escolas normais. Foi feita ao lado do Colégio Estadual Francisco Zardo e nós vamos utilizar estes espaços comuns das duas escolas. Além disso, este terreno maravilhoso que tem aqui ao lado, este bosque, está sendo desapropriado pelo Estado para se transformar em um espaço de convivência. Então temos um complexo para ser usado por estas duas escolas e também pela comunidade”, afirmou.

Durante a solenidade, o ministro Haddad destacou a sintonia que o Paraná tem com o Ministério nas ações da educação. Ele elogiou os índices de qualidade obtidos pelo ensino público paranaense. “O Ministério tem uma política forte na inclusão das crianças na escola regular, mas sabemos que há dificuldades com relação a algumas crianças que precisam de ações complementares e apoio especializado”, disse.

Para Mauricio Requião, a nova meta para a educação pública paranaense é o aumento da qualidade. “Estamos encerrando um capítulo importante, que foi dotar nossas instituições de ensino de um infra-estrutura absolutamente fundamental para uma educação de qualidade. Estamos chegando ao ponto em que conseguimos oferecer recursos pedagógicos suficientes. A nossa meta agora é a melhora da qualidade e do Índice da Educação Básica (Ideb)”, disse.

De acordo com Mauricio, na escola especial inaugurada cada aluno terá praticamente um atendimento individualizado. “Estaremos analisando as características de cada um dos alunos e nos adaptando a isso”, disse. O novo colégio funciona nas instalações do antigo Educandário de Santa Felicidade, que ficou abandonado por quase dez anos. A infra-estrutura do estabelecimento recebeu um investimento de R$ 2,2 milhões para reformas e adequações dos 2.390 metros quadrados de área construída distribuídos em dois blocos com biblioteca, pátio coberto, cozinha, refeitório, sala para oficinas profissionalizantes, laboratório de informática, quadra de esportes coberta e espaço destinado à horticultura e jardinagem.

De acordo com Neuza Soares de Sá, chefe do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional da Secretaria de Educação, a escola terá professores especializados e, além do ensino infantil e fundamental, vai oferecer ensino profissionalizante. “Estes estudantes freqüentarão oficinas de jardinagem, informática, utilização de papel reciclável, música e artes plásticas”, contou.

As vagas para a Escola Estadual de Educação Especial Lucy Requião de Mello e Silva estão abertas e os interessados em mais informações poderão ligar para a escola (41 3901 2909/ 2911 / 2912) e agendar uma visita para avaliação da necessidade educacional da criança. As vagas são preferenciais para as pessoas que não se encontram matriculadas em outra instituição de ensino especial.

O Educandário Santa Felicidade começou a funcionar em 1953 e abrigava meninos de 4 a 12 anos, em regime de internato e semi-internato. O estabelecimento era administrado pelas irmãs Vicentinas. Em 1989, a administração passou para o Instituto de Ação Social do Paraná e começou a receber meninos e meninas de até 18 anos, em regime de abrigo.

No mesmo ano, também foi centralizado o berçário de Curitiba no Educandário. Porém, em 1997, as crianças foram transferidas para o Educandário Doutor Caetano Munhoz da Rocha e o espaço ficou, desde então, abandonado. Em setembro de 2000, o imóvel foi cedido à Organização Mundial da Família, mas o local permaneceu abandonado. Em novembro de 2003, o espaço retornou à administração Estadual, após o cancelamento da cessão do imóvel.


AEN
Foto Everson Bressan-SECS
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