Educação

Secretaria tem a meta de oferecer ensino profissionalizante a mais 200 mil alunos
20-05-2008 20:02

O Departamento de Educação e Trabalho da Secretaria da Educação apresentou seus resultados nesta terça-feira (20), durante a reunião semanal da Escola de Governo, em Curitiba. Também foram apresentadas algumas parcerias com o Governo Federal, principalmente o programa Brasil Profissionalizado, que investirá R$ 900 milhões em infraestrutura escolar profissionalizante. “Neste ano foram 74.832 matrículas, em 285 colégios de 167 municípios. Nossa meta é atender a mais 200 mil alunos até 2010”, disse Sandra Garcia, chefe do Departamento.

Sandra expôs os resultados alcançados desde 2003, quando, segundo ela, os colégios agrícolas, mesmo sendo a única opção de curso profissionalizante, estavam sucateados e os alunos tinham que pagar pelo ensino. “Encontramos 12 escolas agrícolas, totalmente sem condições. Parece que não achavam importante os cursos técnicos, porque além de terem fechado os outros que existiam, como magistério, ainda não havia recursos para os existentes”, afirma. “Hoje temos 18 Colégios Agrícolas e um Florestal em plena atividade, com cerca de 5 mil alunos em cada um deles, com atendimento pedagógico qualificado e gratuitos”, disse. Ela anunciou que em breve será reaberto o colégio agrícola de Arapoti, que inicialmente terá curso técnico em celulose e papel, ampliando para agropecuária em 2009.

Para facilitar o aprendizado estão sendo entregues pela Sanepar seis laboratórios específicos para os cursos de Meio Ambiente, no Centro de Educação Profissional de Curitiba; no Colégio Estadual Pedro Piékas, em Almirante Tamandaré; no Colégio Estadual Agrícola Manoel Moreira Pena, em Foz do Iguaçu; Colégio Estadual Marins Alves de Camargo, em Paranavaí; Colégio Estadual Albino Feijó Sanches, em Londrina, e no Colégio Estadual Juscelino K. de Oliveira, em Maringá.

Os colégios estaduais também vão oferecer educação profissionalizante. “A Educação profissional não se restringe aos Colégios Agrícolas”, disse Sandra. A Secretaria da Educação oferece mais de 60 cursos profissionalizantes em todas as regiões do Estado, entre eles administração, informática, secretariado, logística, enfermagem, agente comunitário de saúde, segurança do trabalho, nutrição, eletromecânica, construção civil e meio ambiente.

Os cursos no setor da Indústria são oferecidos em quatro centros de educação profissional, nos municípios de Curitiba, Londrina, Cascavel e Guarapuava, e nos colégios estaduais de Ponta Grossa, Paranavaí, São Mateus do Sul e Bandeirantes. Os cursos industriais são nas áreas de química, química industrial, eletromecânica, eletrônica, produção de açúcar e álcool, edificações e construção civil.

O programa Brasil Profissionalizado está realizando um diagnóstico das redes estaduais em relação à oferta da educação profissionalizante. O convênio com o Governo vai trazer recursos para equipamentos, bibliotecas, formação de professores, construções e adequações de espaços. Existe ainda o E-TEC/Brasil, um programa oferecido pelo Governo Federal em parceria com as redes estaduais de ensino, que oferece cursos técnicos subseqüentes ao ensino médio à distância.

Outro curso importante desenvolvido pela Secretaria em parceria com o Ministério da Educação é o Profuncionário, curso técnico à distância na área de alimentação escolar, meios didáticos, gestão escolar, meio ambiente e infraestrutura escolar. “O Paraná teve o primeiro programa de formação para funcionários em nível nacional e tem como prioridade a valorização dos profissionais não professores das escolas”, disse Sandra.

CASAS FAMILIARES - As Casas Familiares Rurais foram implantadas no Paraná em 1988, por meio de um convênio entre O Governo do Paraná e a Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil (Arcafar-Sul). Hoje há 39 Casas Familiares Rurais, atendendo a 1.695 adolescentes e jovens, tanto nos cursos do ensino fundamental, como nos de qualificação profissional, de nível médio técnico em agropecuária. Em todos os cursos é utilizada a pedagogia da alternância, em que o aluno fica um período na Casa, em regime de internato por uma semana, e outro período, também de uma semana, com a família. “Este convênio atende hoje a todas as regiões do Paraná, cobrindo as regiões onde não temos colégios agrícolas”, disse Sandra.

AEN
Foto:Arnaldo ALves

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