Esporte

Projeto social da Confederação de Vôlei leva esporte a crianças
20-07-2007 20:04

Niterói (RJ) - O projeto VivaVôlei, lançado em 2002 na cidade fluminense, envolve hoje mais de 30 mil crianças em 576 centros


Rio de Janeiro - O vôlei do Brasil tem sido uma das principais atrações dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, reunindo sempre grandes públicos. Essa modalidade tornou-se, já há alguns anos, um esporte popular e uma das ações nesse sentido foi o investimento na prática e na busca de talentos por parte da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). O projeto VivaVôlei é um exemplo. Lançado em 2002, na cidade de Niterói (RJ), espalhou-se pelo país e hoje envolve mais de 30 mil crianças.

As crianças, de 7 a 14 anos, têm acompanhamento pedagógico. Além da prática esportiva, elas precisam apresentar boas notas escolares e boa convivência social. “Nosso objetivo é socializar e educar o aluno através do esporte”, explica um dos coordenadores do VivaVôlei, Alberto Iecin. Segundo ele, o projeto busca aproximar os alunos dos pais, afastá-los das drogas e diminuir a evasão escolar. “Quem não responde satisfatoriamente aos estímulos tem um acompanhamento direto do professor e, se for necessário, é encaminhamos à assistência social do município”, diz, em entrevista à Agência Brasil.

Niterói tem mais de 2 mil alunos matriculados em 13 centros esportivos. As aulas são ministradas nos períodos matutino e noturno, de segunda a sábado. Cada turma tem, no máximo, 24 crianças. Ao final das aulas é servido um lanche. “Vários alunos que passaram pelo Viva Vôlei hoje estudam educação física”, comenta Iecin. “Outros já fazem parte da seleção brasileira de base ou jogam em clubes.” No entanto, frisa ele, a intenção da CBV é antes materializar nos alunos a tolerância, a afetividade e o companheirismo: “O projeto não é para formar campeões, mas cidadãos”.

A professora do VivaVôlei Márcia Medeiros Nery, formada em educação física, dá aulas em Santa Rosa, bairro de Niterói, desde que o projeto foi implantado na comunidade, no início do ano. Ela diz que a região sofre com o problema das drogas, e que as crianças são visadas pelo tráfico. “Elas ficavam no ócio e viviam o tempo inteiro na rua. Com o projeto, descobriram uma atividade que une esporte e lazer, além de ter aumentado a integração da própria comunidade”, frisa. “Os pais acompanham os filhos, e isso é importante para a troca de informações professor-família.”

José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Wilson Dias/ABr
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