Internacional

Bloqueios em estradas causa desabastecimento em vários pontos da Argentina
14-06-2008 03:23

Da Agência Brasil

Brasília - O ministro argentino de Segurança e Justiça, Aníbal Fernández, afirmou sexta(13), em Buenos Aires, que o governo vai garantir a livre circulação nas estradas de todo o país, “sem armas e sem repressão”. De acordo com informações da agência Télam, o ministro disse, durante entrevista coletiva, que “foram enviados comunicados aos governadores para que atuem nas suas províncias e nas suas rodovias”.

“No caso das rodovias federais, as forças nacionais têm a instrução para que, com a denúncia ante um juiz federal, se garanta a livre circulação, de acordo com a Constituição Nacional”, afirmou. As forças armadas deverão atuar sem armas e somente depois de uma ordem judicial para a liberação das estradas.

Diversos pontos do país já estão sentindo os resultados de um bloqueio feito por trabalhadores do transporte de cargas. Cerca de 300 lugares estariam com a passagem impedida. Os transportadores querem o fim do lockout na comercialização de grãos comandado pelos produtores agropecuários. Desde março, quando o governo anunciou aumento de impostos para a exportação de commodities, particularmente trigo e soja, os protestos dos ruralistas afeta o trabalho dos transportadores.

De acordo com o presidente a Câmara Argentina de Comércio (CAC), Carlos de la Vega, as entidades associadas do interior estão preocupadas com a possibilidade de desabastecimento por causa das manifestações. Ele disse à Télam que elas já cogitam a falta de produtos frescos, como carne, derivados do leite e mesmo medicamentos.

A Federação Argentina da Indústria de Moinhos (FAIM) disse que muitos estabelecimentos estão parados por falta de trigo. O mesmo acontece em diversas padarias da capital, Buenos Aires, opr falta de farinha, de acordo com o Centro de Industriais Panificadores de Buenos Aires (CIPBA). Em muitos lugares também já falta combustível, inclusive para empresas de transporte de passageiros.

Hoje, o titular da Federação de Transportadores Rurais, Carlo Di Nuncio, anunciou que os bloqueios vão ser suspensos. “Decidimos suspender a medida porque eles [os ruralistas] ratificaram que já se pode carregar cereal e vamos levar os produtos até os portos”, disse, em uma coletiva.

Na mesma ocasião, o secretário de Transporte, Ricardo Jaime, afirmou que a decisão respondeu a um pedido da presidente, Cristina Kirchner. Ele disse que a partir da suspensão da greve dos transportadores vai ser formada uma mesa de negociação permanente “para garantir o funcionamento do transporte de carga”.

*Com informações da agência Télam

POW INTERNET
<

Nenhum item encontrado