Condoleezza Rice elogia atuação brasileira frente à crise entre Colômbia e Equador
13-03-2008 19:12
Brasília - Secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, fala à imprensa após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Brasília - A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, elogiou hoje (13) a atuação brasileira frente à crise política regional desencadeada com o ataque militar colombiano a acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano.
"O Brasil desempenhou um papel muito positivo nos recentes acontecimentos na região. O Brasil, uma grande democracia multiétnica, deveria desempenhar um papel não apenas em assuntos regionais, mas também em assuntos globais", disse Condoleezza, em entrevista à imprensa.
No entanto, indagada se a postura brasileira credenciava o Brasil a uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU), a secretária norte-americana evitou responder diretamente. Disse, apenas, que os Estados Unidos estão "abertos" à reforma do Conselho de Segurança.
Rússia, Grã-Bretanha, França, China e Estados Unidos integram o grupo de países com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e resistem à sua ampliação.
Na avaliação de Condoleezza Rice, a atuação internacional do Brasil deveria se dar no mesmo "modelo" do trabalho desenvolvido pelo país no Haiti. "Nós valorizamos muito os esforços ativos do Brasil em diversas momentos de tensão e calma", reiterou, lembrando da participação brasileira na Conferência de Paz para o oriente Médio de Annapolis, nos Estados Unidos, em novembro do ano passado.
"Acredito que o modelo para o engajamento brasileiro foi realmente o Haiti. Não poderíamos ter feito o que fizemos no Haiti sem a liderança do Brasil das forças da ONU, mas também o engajamento diplomático".
A reforma do Conselho de Segurança da ONU foi um dos temas tratados nas reuniões de Condoleezza com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O Brasil pleiteia uma vaga permanente no Conselho.
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/ABr