Internacional

Embrapa abrirá na África primeiro escritório internacional
27-04-2006 19:22

Brasília – A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai inaugurar até o final deste ano a sua primeira representação no exterior, a Embrapa África. O escritório irá funcionar em Gana, na capital Acra, e terá um custo estimado em US$ 500 mil por ano. Inicialmente, vão trabalhar no escritório dois pesquisadores brasileiros.

O memorando de entendimento entre Brasil e Gana foi assinado ontem (26), durante a abertura da exposição Ciência para a Vida, montada em comemoração aos 33 anos de criação da Embrapa. Segundo o coordenador de Cooperação Internacional da Embrapa, Sotto Pacheco, a unidade na África terá a missão de adaptar as tecnologias brasileiras que podem ser utilizadas em solo africano.

A criação do escritório segue a atual política externa do governo brasileiro de estreitar os laços de cooperação com a África. "A missão do escritório é facilitar e aprimorar os mecanismos e instrumentos utilizados na cooperação técnica entre a Embrapa e os países da África", afirma Pacheco.

Segundo o coordenador, há uma demanda crescente para a transferência de tecnologia agrícola de ambiente tropical para os países africanos. As principais parcerias envolvem a produção de frutas tropicais, algodão, arroz e caju.

A Embrapa já possui dois laboratórios no exterior, um nos Estados Unidos e, outro, na Europa (França), que têm a missão de desenvolver tecnologia de ponta. O escritório africano, ao contrário dois laboratórios, será de ações desenvolvimentistas.

"Com a presença física, poderão ser desenvolvidos projetos que servirão como vitrine de tecnologia gerada pela Embrapa e que poderão ser adaptadas ao ambiente africano", afirma o coordenador.

O escritório vai atender a todo o território africano, com ênfase nos países africanos de língua portuguesa. O Brasil também será beneficiado com o empreendimento. "Nós poderemos nos beneficiar de materiais genéticos nativos da África, como material genético de pastagem. Poderemos fazer intercâmbio desse material, trazê-los para o Brasil e incorporá-lo ao nosso sistema agropecuário", prevê Sotto Pacheco.

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
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