Internacional

Ex-refém Clara Rojas e filho Emmanuel passam a noite juntos
14-01-2008 15:54

Brasília - A ex-refém Clara Rojas, libertada na última quinta-feira (10) pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), passou a noite de ontem (13) com o filho Emmanuel em Bogotá, em local mantido em sigilo. A informação é da Agencia Telam, parceira da Agência Brasil.

Depois de três anos afastada da mãe, a criança foi entregue a Rojas de forma provisória pelo Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, que tinha a custódia de Emmanuel desde 2005.

“Me sinto a mulher mais feliz do mundo e a mais orgulhosa com meu bebê Emmanuel”, disse Rojas, e agradeceu a todos os envolvidos na operação que resultou em sua libertação.

Emmanuel, 3 anos, é fruto de uma relação entre a ex-refém e um guerrilheiro das Farc que aconteceu enquanto Rojas ainda estava em poder da guerrilha.

Ainda de acordo com a Telam, a diretora do Instituto Colombiano de Bem Estar Familiar, Elvira Forero, disse que Emmanuel foi entregue provisoriamente a Rojas, enquanto se cumprem os trâmites legais para que ela assuma formalmente a custódia da criança.

Forero explicou que, ontem (13), mãe e filho “realizaram uma sessão de seis horas de conhecimento para retomar os vínculos entre o menino e a família e dar à ele a qualidade de vida que merece”.

Ao detalhar o reencontro com o filho, Rojas contou ter passado a tarde com Emmanuel. “Foi a sensação mais maravilhosa que pude imaginar”.

A ex-refém acrescentou que sua mãe, Clara González de Rojas, o menino e ela mesma devem se submeter a tratamentos médicos e que, portanto, necessitam de tempo para realizá-los. Para ela, a família precisa descansar por alguns dias, semanas ou mesmo meses.

Ao finalizar, disse que levava “todo o mundo em seu coração” e que agradecia a todos, garantindo que ela e a família estão bem e com muita vontade de viver.

Clara Rojas foi libertada pelas Farc na última quinta-feira (10) junto à ex-deputada Consuelo González na região de Guaviare, no sudeste da Colômbia. O resgate aconteceu por meio de uma missão humanitária comandada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em uma operação planejada e liderada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.


Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
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