Internacional

Lula fala em aliança com EUA para convencer mundo a mudar de matriz energética
09-03-2007 16:30

Brasília - Durante seu discurso na Transpetro, em Guarulhos (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou a possibilidade de incentivar os países em geral a trocar suas principais fontes de produção de energia – hoje muito dependente de combustíveis não-renováveis, como petróleo, gás natural e derivados. Dirigindo-se ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sugeriu uma atuação conjunta com esse fim.

“A sua visita ao Brasil pode significar definitivamente uma aliança estratégica que permita um convencimento do mundo mudar sua matriz energética”, disse.

O presidente citou a criação do Fórum Internacional de Biocombustíveis, lançado na última sexta-feira (2) por Brasil, África do Sul, China, Estados Unidos, Índia e União Européia na Organização das Nações Unidas (ONU). “Somente assim teremos a escala de produção necessária para potencializar os benefícios do etanol e o biodiesel”, comentou.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o objetivo do fórum é aumentar a eficiência na produção, na distribuição e no consumo dos biocombustíveis em escala mundial. Durante um ano, os integrantes do fórum vão discutir medidas para ampliar a produção nessa área. Além disso, vão trabalhar em conjunto para que os combustíveis feitos a partir de vegetais, como cana-de-açúcar, milho, soja ou mamona, sejam cada vez mais utilizados em todo o planeta.

O fórum também ajudará a organizar a Conferência Internacional de Biocombustíveis, que deverá ocorrer no Brasil em 2008.

Lula destacou a necessidade de combater mundialmente a poluição: “Nós, que poluímos tanto o planeta no século 20, temos que agora dar a nossa contribuição para despoluí-lo no século 21. Somos responsáveis e queremos que nossos filhos e nossos netos possam viver num mundo menos poluído do que vivemos hoje”.

O presidente acrescentou que tem defendido “quase de uma forma doentia” a adoção das fontes renováveis de energia.


Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
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