Internacional

Mais de 700 brasileiros aguardam ajuda do governo brasileiro no Oriente Médio
20-07-2006 18:31

Brasília - Mais de 700 brasileiros aguardam ajuda nas embaixadas do Brasil em Amã, capital da Jordânia, Damasco, capital da Síria, e Beirute, capital do Líbano, segundo o Itamaraty. Até agora, pelo menos sete brasileiros já morreram, vítimas dos ataques israelenses.

A região passa por uma escalada de violência desde que Israel, sob pretexto de se defender de ações do movimento libanês Hizbollah, iniciou ataques ao sul do Líbano e à capital, Beirute. O Hizbollah também tem lançado mísseis contra Israel. O número de civis mortos já passa de 200, segundo agências internacionais, a grande maioria em território libanês. "Quando eles pararem de lançar mísseis e libertarem os soldados seqüestrados, Israel terminará as ações no Líbano", disse a embaixadora israelense no Brasil, Tzipora Riomon.

Karina Dutra é uma das brasileiras que estava a bordo do Boeing 707 da Força Aérea Brasileira (FAB) que resgatou 98 pessoas na segunda-feira (17). Morava em Damur, a 14 quilômetros de Beirute, junto com o marido, o missionário evangélico Abner Dutra Júnior. O casal estava no Líbano há dez meses.

"Nós já estávamos bem tensos com toda a situação, mas uma bomba, 200 metros da casa, realmente deu o clique: não tem como mais, isso já está virando uma guerra”, afirmou.

Para Dutra Júnior, ocorre na região uma guerra desigual que está causando a morte de inocentes e a destruição de um país que ainda sofre as consequências de uma guerra civil concluída há 17 anos.
“O ataque israelense sobre o Líbano é desproporcional, sem misericórdia. Eles estão sendo, realmente, num linguajar mais vulgar, 'animais', sem sentimento”, afirma Dutra Júnior. “Não estou defendendo também o Hizbollah, mas o que eles estão fazendo ao Líbano é algo desproporcional. Eles acabaram com o país, e estão acabando com os civis agora”.

O chanceler brasileiro Celso Amorim afirmou que o que puder ser feito para resgatar os 700 brasileiros será feito. “O Presidente Lula é muito sensível, e evidenciou isso imediatamente com o envio do primeiro avião. Nós também não tínhamos noção, a questão está crescendo e à medida em que ela cresce, ela vai envolvendo mais recursos”, disse.

Carolina Monteiro
Repórter da TV Nacional
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