Internacional

Morales diz que não haverá mais estado de sítio se atentados acabarem
14-09-2008 03:18

Da Agência Brasil


Brasília - O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou hoje (13) que não vai estender o estado de sítio declarado para o departamento de Pando a outras regiões caso cessem os atentados à democracia e ao Estado, promovidos por movimentos autonomistas.

"Se os prefeitos devolvem as instituições, deixam de atentar contra o patrimônio do Estado e do povo, que são gasodutos e refinarias, não há porque pensar em ampliar a outras regiões o estado de sítio", afirmou Morales em entrevista coletiva, no Palácio Quemado, reproduzida pela Agência Boliviana de Informação (ABI).

O massacre de camponeses e indígenas ocorrido ontem (12) em Pando, em uma emboscada atribuída a pessoas contratadas pelo prefeito Leopoldo Fernández, foi definido por Morales como um “delito de lesa humanidade”. Morales disse ter sido alertado por especialistas em direitos humanos para declarar o estado de sítio, sob pena de ser processado caso se omitisse.

Morales confirmou que participará da reunião com governadores oposicionistas marcada para domingo. Os protestos liderados pelo grupo contrário ao presidente já resultaram em16 mortes, dezenas de feridos e na interrupção temporária do fornecimento de gás natural para o Brasil e a Argentina.

Uma comissão governamental de ajuda humanitária chegou nesta madrugada ao aeroporto de Cobija, chefiada pelos ministros da Presidência, Juan Ramón Quintana, e da Saúde, Ramiro Tapia.

O objetivo é levar auxílio aos feridos em virtude do atentado e iniciar a busca de camponeses desaparecidos. Grande quantidade de roupas e medicamentos foi transportada. O ministro da Saúde disse que parte dos camponeses agredidos, por grupos de choque e paramilitares, não recorreram ao hospital de Cobija por medo de serem agredidos.


A presidente do Chile e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Michelle Bachelet, convocou os presidentes dos países do bloco diplomático para uma reunião de emergência na segunda-feira (15), quando será discutida a crise na Bolívia e reiterado o apoio dos chefes de Estado a Evo Morales.



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