Internacional

ONU anuncia pacote de medidas para tentar acabar com ataques ao Líbano
21-07-2006 18:09

Brasília - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, propôs ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a adoção de um pacote de sete medidas para dar fim ao conflito entre Israel e o grupo armado libanês Hizbollah e garantir a segurança dos civis que se encontram ao sul do Líbano. Annan fez um apelo aos 15 países membros do conselho para que eles deixem de lado suas diferenças diante da crise humanitária que o sul do Líbano está vivendo.

Kofi Annan propõe um cessar-fogo imediato, a realização de uma conferência internacional para o Líbano, com o objetivo de que esse o país cumpra os acordos internacionais e que os soldados israelenses seqüestrados pelo Hezbollah sejam entregues ao governo libanês. Além da realização de uma nova força internacional no sul do Líbano e o respeito à fronteira que separa o Líbano e Israel, a chamada “linha azul”.

Também estão previstos uma ajuda para reconstrução do país e um mecanismo de monitoramento dos acordos. Segundo o Annan, até agora, 300 libaneses foram mortos e 600 feridos, a maioria civis; 30% dela crianças. O maior problema, segundo ele, é a dificuldade de chegar aos locais atingidos pelos ataques isaralenses. “No campo humanitário as condições continuam se deteriorando. As operações de Israel tornam impossíveis que agências da Onu e seus parceiros humanitários consigam chegar a qualquer parte do sul do Líbano”, explicou durante discurso no Conselho de Segurança da ONU.

Para o secretário-geral, é fundamental que haja “um urgente e imediato fim das hostilidades” para que mais vidas inocentes não sejam perdidas, para permitir que a ajuda humanitária chegue aos necessitados e para possibilitar à diplomacia uma chance de trabalhar o pacote de medidas proposto. “As hostilidades devem parar, mas enquanto elas continuam é imperativo estabelecer corredores humanitários seguros e provisões para a população civil”.

Kofi Annan também voltou a condenar os ataques do Hizbollah a Israel, classificados por ele como “provocativos”, e também as ações israelenses na região. “Israel declara que não tem nenhum conflito com o governo libanês, e que está tomando precauções para evitar danos, mas suas ações já feriram e mataram civis libaneses e militares, e provocaram grande prejuízo à infra-estrutura do país”. Ele destacou ainda que “o uso excessivo da força é condenável” ainda que as ações do Hizbollah "sejam deploráveis" e Israel tenha o direito de se defender.

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
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