Internacional

Política industrial prevê ações estratégicas com países da América Latina e Caribe
18-05-2008 13:13

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil


Brasília - Até 2010, o Brasil pretende ter pelo menos cinco cadeias produtivas integradas com o setor industrial dos países vizinhos. A meta consta da Política de Desenvolvimento Produtivo, lançada esta semana pelo governo federal.

A integração com a América Latina e o Caribe e o aprofundamento das relações comerciais com a África – dois dos principais eixos da política externa brasileira – estão entre os destaques estratégicos da nova política industrial.

Entre as metas para América Latina e Caribe também está a ampliação, em 20%, do número de empresas brasileiras com investimento em dois ou mais países da região.

Simultaneamente ao plano de incentivo à indústria, o governo lançou o Fundo Soberano, destinado à expansão das atividades de empresas brasileiras no exterior. Também há previsão de instalação de escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos em Cuba e de representação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Montevidéu, no Uruguai.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, o Mercosul será o foco inicial das ações regionais. Grande ênfase será dada às micro e pequenas empresas, segundo o secretário, que adiantou que o governo federal se propõe a impulsionar as negociações para criação do Fundo Mercosul para Integração Produtiva de Micro e Pequenas Empresas.

A Venezuela – em processo de adesão ao Mercosul - mereceu destaque na estratégia de integração das cadeiras produtivas da nova política industrial. Estão previstos a estruturação de projetos de cooperação industrial com o futuro sócio do bloco e apoio aos programas de industrialização acelerada do país.

Em março deste ano, a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) inaugurou escritório em Caracas. No mesmo mês, durante visita do presidente Hugo Chavez à Recife, a ABDI assinou acordo de cooperação industrial com o Ministério do Poder Popular para a Indústria Leve e Comércio da Venezuela.

O governo brasileiro ainda pretende estimular as exportações de países latino-americanos para o Brasil – hoje, o país têm amplo superávit comercial nas trocas com praticamente todas as nações da América do Sul e do Caribe.

Outra prioridade listada no Plano de Desenvolvimento Produtivo é a integração da infra-estrutura logística e energética da região, o que já vem sendo tocado por meio da Integração da Infra-Estrutura Regional da América do Sul (IIRSA), que envolve 12 países. A iniciativa prevê um pacote inicial de 31 projetos nas áreas de transporte, energia e comunicações, para execução entre 2005 e 2010, com investimentos previstos da ordem de US$ 6,9 bilhões.

Além de continuar dando prioridade à Agenda de Implementação Consensuada da IIRSA, o governo federal planeja ampliar em 30% a atual carteira de projetos de infra-estrutura regional do BNDES, hoje de US$ 9,7 bilhões.


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