Meio Ambiente

Convênio para recolher embalagens de agrotóxico é renovado no Paraná
19-08-2008 11:34

Os excelentes resultados do programa paranaense de recolhimento de embalagens de agrotóxicos vazias – 97% das embalagens comercializadas são recicladas ou incineradas – estão garantidos por mais um ano. Na última semana, o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, renovou o convênio com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e Universidade Federal do Paraná (UFPR) para dar continuidade a ação que já dura seis anos.

Os índices de recolhimento demonstram a participação efetiva e a conscientização ambiental do homem do campo, segundo o secretário Rasca. “Hoje a tríplice lavagem e a entrega das embalagens já fazem parte do dia-a-dia dos produtores paranaenses. Eles encaram com naturalidade e não mais como obrigação”, afirmou.

“Além disso, o mercado vem exigindo cada vez mais esse comprometimento com o meio ambiente”, comentou o secretário. O presidente do Inpev, João Rando, concorda com ele. “A busca pela certificação ambiental das propriedades foi um fatores que colaborou com o aumento dos índices de reciclagem. Isso aproximou mais o setor produtivo da legislação ambiental”, analisou.

Somente nos seis primeiros meses deste ano foram coletadas no Paraná mais de 2 mil toneladas de recipientes – 20% a mais do que o mesmo período do ano passado (cerca de 1,7 mil toneladas). Cada tonelada representa aproximadamente 25 mil embalagens retiradas do meio ambiente.

O presidente da Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), João Lech Sameck, destacou que quando o programa começou a ser desenvolvido eram coletadas 200 toneladas de embalagens a cada ano. “Hoje são 370 mil toneladas”, acrescentou.

Vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, a Suderhsa é a instituição responsável pelo controle da devolução das embalagens, fiscalização dos agricultores e das centrais de recebimento, licenciamento ambiental dos pontos de coleta e treinamento dos técnicos que recebem as embalagens.

De acordo com os dados da autarquia, o procedimento da tríplice lavagem ainda pode ser melhorado em alguns municípios. “Enquanto em Arapongas apenas 1% dos agricultores realizam um procedimento insatisfatório, em alguns municípios esse índice chega a 23%”, detalhou Rui Mueller, responsável pelo programa na Suderhsa.

Para ampliar a adesão dos agricultores nestes municípios, será intensificado o controle feito na entrega das embalagens. “Será reforçada a importância da tríplice lavagem entre os produtores reincidentes, identificados pelo cadastro preenchido na entrega das embalagens”, declarou o diretor de Saneamento Ambiental da Superintendência, Jorge Callado.

PARCERIA - O convênio visa orientar e capacitar agricultores paranaenses na devolução e destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos. Ao Inpev cabe a responsabilidade sobre o transporte e destinação correta das embalagens vazias coletadas nas centrais e encaminhadas para reciclagem ou incineração. Já a UFPR realiza o trabalho de treinamento e pesquisa de campo, com o apoio de universitários e orientação dos professores.

Atualmente o Paraná conta com 74 pontos de recolhimento de recipientes: 14 centrais instaladas nos municípios de Cambé, Campo Mourão, Cascavel, Colombo, Cornélio Procópio, Maringá, Palotina, Ponta Grossa, Prudentópolis, Francisco Beltrão, São Mateus do Sul, Guarapuava, Santa Terezinha do Itaipu e Umuarama; e mais de 60 postos licenciados para o recebimento.

A reciclagem dessas embalagens pode servir de matéria-prima para diversos outros produtos. São fabricados mais de 12 artigos como barricas de papelão, conduítes, caixas de passagem de fios elétricos, embalagem para óleo lubrificante, sacos plásticos para descarte de lixo hospitalar, entre outros.


Agência Estadual de Notícias
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