Meio Ambiente

Especialistas destacam participação social nas ações de meio ambiente no Paraná
24-04-2008 11:48

Desde o ano de 2003 a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) promove ações para aumentar a participação da sociedade na construção de Programas ações para preservação e manutenção dos recursos naturais. “A idéia é descentralizar o trabalho do governo, envolvendo a iniciativa privada, municípios e a sociedade para garantir a eficácia dos Programas”, declarou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

Segundo ele, um dos maiores exemplos de descentralização e sucesso é o Programa Mata Ciliar, que hoje conta com o apoio dos 399 municípios na produção de mudas em viveiros doados pelo Governo.“Apaes, presos,alunos, agricultores e municípios contribuindo com as ações ambientais do governo”, reforçou o secretário.

Para o presidente da comissão de Meio Ambiente da FIEP, Roberto Gava, o papel da SEMA está sendo fundamental no envolvimento de toda a comunidade em uma mudança de comportamento.

“Para isso é necessário que um grupo grande lidere essa comunidade e, esse é o papel da SEMA, que tem se comprometido com elaboração e resultados de agentes multiplicadores. O esforço da SEMA na medida que ela junta as forças produtivas e atuantes, refletem em favoráveis resultados”, disse o Gava.

O ex-secretário do Meio Ambiente e atual presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, Luiz Eduardo Cheida, que também é escritor e especialista na área - acredita que o Paraná tem um dos melhores resultados de política ambiental do país.

“Hoje, a política ambiental do Paraná é uma política de governo e não da Secretaria do Meio Ambiente. Nossos bons exemplos estão sendo disseminados no Brasil e no mundo. Em 2003, tínhamos 2,5% dos 20% de Reserva Legal exigidos pela legislação, hoje temos 10%. Até 2003, a regra era plantar até a beira do rio, hoje só o Programa Mata Ciliar já plantou quase 80milhões de árvores com o apoio dos agricultores. Antes, a regra era não ter peixe no rio, hoje já foram devolvidos às águas paranaenses mais de 300 mil de alevinos. Temos muito a caminhar, mas seguramente, o Paraná tem os melhores resultados de política ambiental do país”, resumiu Cheida.

Segundo a coordenadora geral do Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA), Lorene BAstos, hoje o Paraná é considerado um estado de vanguarda na área ambiental. “Principalmente devido à forma como faz a gestão compartilhada dos recursos naturais, sempre chamando os municípios e entidades para integrar este processo”, afirmou. “Se fôssemos avaliar o nível da gestão ambiental no país, certamente o Paraná estaria na dianteira dos demais estados brasileiros”, completou.

Outros bons exemplos que vem Paraná, de acordo com a coordenadora, são os instrumentos econômicos para a preservação ambiental, como o ICMS Ecológico, e as ações realizadas em parceria com o Ministério Público Estadual.

MUNICÍPIOS – O ex-secretário de Meio Ambiente de Guarapuava, que ficou a frente da pasta por oito anos e coordenador de bacias hidrográficas do Médio Iguaçu e Rio Jordão, Mauro Battistelli, lembrou que a descentralização das ações ambientais no governo Requião têm fortalecido as ações dos municípios.

“As prefeituras não tinham secretarias municipais e hoje todos tem secretaria, conselho municipal de meio ambiente, equipes operando os aterros sanitários e, em todos eles, um viveiro para a produção de mudas. Além disso, o IAP vem garantindo que as empresas licenciadas mantenham uma equipe específica para meio ambiente monitorados pelo CRE”, destacou.

Para ele, a sociedade como um todo vem participando cada vez mais das discussões, citando como exemplo as Conferências Regionais de meio Ambiente e a Conferência Estadual, em que o Governo garantiu a participação de mais de 8,55 mil pessoas para debater os efeitos das mudanças climáticas.

“Outra prova desta ampliação da participação da sociedade são os Comit ês de Bacias Hidrográficas como o Comitê do Rio Jordão e do Alto Iguaçu em funcionamento, com diagnósticos e planos aprovados e participação paritária do poder público, usuários e sociedade organizada”, finalizou.

Já a secretária de Meio Ambiente do município de Goioerê, Viviane Kffuri, contou que de 2005 até agora o município conseguiu produzir e liberar aproximadamente 450 mil mudas de arvores para Mata ciliar, beneficiando 360 produtores rurais. “E isso é só um exemplo das muitas parcerias que dão certo: A SEMA, por meio do IAP é quem distribui sementes, substratos e viveiro de mudas aos municípios.A prefeitura, por sua vez, cabe trabalhar na produção das mudas que serão liberadas aos produtores de arvores rurais, os produtores compete adquirir e plantar as mudas produzida. Isto mostra a importância da Secretaria de Meio Ambiente do Estado em parcerias com o governo Municipal e sociedade organizada”, finalizou.

AEN
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