Meio Ambiente

Paraná destina 20,8% mais embalagens vazias de defensivos no primeiro semestre
16-07-2008 19:49

Os agricultores paranaenses estão entre os que mais contribuíram para o crescimento do sistema de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas brasileiro no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, foram encaminhadas para reciclagem ou incineração 2 mil toneladas, o que representa um crescimento de 20,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram processadas 1,7 mil toneladas de embalagens. Apenas em junho, o Paraná retirou do meio ambiente 462 toneladas, o equivalente a 19% do total destinado no país.

Os bons resultados do sistema de destinação final são atribuídos à parceria de sucesso entre agricultores, indústria fabricante – representada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) -, canais de distribuição e o poder público, no Paraná representado pelas Secretarias da Agricultura e Abastecimento, e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP).


EXEMPLO QUE VEM DO CAMPO - No primeiro semestre deste ano, as unidades de recebimento de embalagens de defensivos agrícolas de todo o Brasil encaminharam para reciclagem ou incineração 12 mil toneladas de recipientes. Esse volume representa um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram destinadas 10,9 toneladas. Apenas em junho, foram 2,4 t.

De acordo com o diretor-presidente do inpEV, João Cesar Rando, esses índices mostram a evolução do sistema de destinação final de embalagens de defensivos, que deu um importante passo no último mês, com a inauguração da Campo Limpo Reciclagem e Transformação. “Esta nova recicladora segue os conceitos de ecoeficiência, um dos maiores atributos do sistema, e atuará como um centro de desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à reciclagem. A unidade possui uma moderna estação de tratamento de efluentes, reaproveitamento da água da chuva e uso racional da luz solar”, comenta.

Localizada na cidade de Taubaté (SP), a Campo Limpo é composta por 31 acionistas – fabricantes de defensivos agrícolas – e tem por objetivo fechar o ciclo da gestão das embalagens pós-consumo dentro da indústria fabricante. “Ao produzir novas embalagens de defensivos a partir da reciclagem de embalagens vazias, queremos promover a auto-sustentabilidade do sistema de destinação final, com benefício a todos os elos da cadeia”, completa Rando.


REFERÊNCIA MUNDIAL - O Brasil figura atualmente na liderança entre os países que possuem sistemas de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Do volume comercializado, foram destinados cerca de 80% do total de embalagens vazias colocadas no mercado e 96% do total de embalagens primárias (aquelas que entram em contato direto com o produto). A Alemanha destina atualmente 60%; a Austrália, 50%; a França, 45%; e os Estados Unidos, menos de 20%.

Com o material resultante da reciclagem das embalagens são fabricados 12 artigos como barricas de papelão, conduítes, caixas de passagem de fios elétricos, embalagem para óleo lubrificante, sacos plásticos para descarte de lixo hospitalar, entre outros.

Sobre o inpEV - O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A lei atribui a cada elo da cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, canais de distribuição e poder público) responsabilidades que possibilitam o funcionamento do Sistema de Destinação de Embalagens Vazias.

O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui 70 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas.

No anexo o crescimento no volume de embalagens destinadas também pode ser verificado em diversos Estados.


Agência Estadual de Notícias
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