Meio Ambiente

População apóia campanha de desativação de fossas sépticas
25-01-2008 17:45

Os donos de imóveis em Guaratuba aprovaram a segunda fase da campanha para regularizar as ligações de esgoto. Eles já estão desinfetando e desativando as fossas sépticas das casas. A campanha lançada pela Sanepar, no início desta semana, faz parte do Programa Se Ligue na Rede e conta com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná e da Força Verde. “Estamos buscando a despoluição das praias do litoral e, para isso, contamos com o apoio da população. Estamos intensificando ações com o apoio do Poder Judiciário e a meta é regularizar todas as ligações de esgoto”, afirma a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa.

O administrador Marcos Eduardo Zotto Pinto ficou sensibilizado com a campanha da Sanepar e regularizou a ligação da casa. “Fui criado brincando em Guaratuba e, nos últimos anos, percebi que já não podia mais brincar no mar com meus filhos. As praias não estavam mais seguras e saudáveis”. Ele contou que, quando viu a campanha, resolveu dar sua contribuição para a despoluição. “Sei que é uma colaboração pequena, mas se cada um fizer sua parte, a condição da água do mar vai voltar a ser a mesma de quando eu era criança”, diz.

O pedreiro José Maria Borges também apoiou a campanha. Para ele, intensificar a fiscalização e orientar para que todos regularizem a ligação e construam fossas adequadas é a única maneira para despoluir o mar. “Este trabalho tem feito com que muitos proprietários desativem as fossas e regularizem a ligação. Lá em casa fizemos isso logo que passou a rede coletora”, afirma. Ele também conta que é a primeira vez que vê uma campanha tão intensa. “Já está na hora de todo mundo ter consciência e fazer a ligação,” desabafa.

O aposentado João Pereira Filho diz que assim que foi notificado buscou informações de como fazer corretamente a ligação do esgoto. “Liguei no 115 e me informei. Depois procurei profissionais que fizessem o serviço, como orientou a Sanepar. Pereira também conta que, antes de fazer a ligação, limpava a fossa periodicamente. “Temos que fazer as coisas bem feitas, para garantir saúde para nós e para todo mundo”, finaliza.

CAMPANHA - A segunda fase da campanha da Sanepar no litoral tem os seguintes objetivos: orientar o proprietário e fiscalizar o imóvel onde já existe rede disponível, para desinfetar e desativar a fossa séptica e, esclarecer àqueles que ainda não têm o serviço de coleta de esgoto para que construam corretamente a fossa séptica e mantenham limpas as existentes.

Para todos os proprietários, estão sendo disponibilizados os telefones de empresas credenciadas junto ao IAP e Sanepar que estão aptas a efetuar os serviços de limpeza. A lista também pode ser encontrada no site da Sanepar – www.sanepar.com.br. Nos caminhões destas empresas estão fixados adesivos que informam sobre o credenciamento.

Embora a Companhia seja responsável apenas pelo sistema de coleta e tratamento do esgoto instalado, para melhorar a balneabilidade das praias, a Sanepar vai distribuir material educativo para mostrar a importância de a fossa ser construída de acordo com padrões técnicos para que funcione sem prejudicar o meio ambiente. O dono do imóvel também vai ser orientado sobre a necessidade de manter a fossa limpa O material educativo será entregue em todos os imóveis por onde a rede de esgoto ainda não passou.

BOX – Fossas são opção simples quando não há rede de esgoto

As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto. Trata-se de uma maneira simples e barata de disposição do esgoto. Entretanto, o tratamento não é completo como numa estação de tratamento de esgoto.

A fossa deve ser implantada num nível mais baixo do terreno e longe de poços, cisternas ou de qualquer outra fonte de captação de água (no mínimo trinta metros de distância), para evitar contaminações, no caso de eventual vazamento.

O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas da moradia. Ela é dimensionada em função de um consumo médio de 200 litros de água por pessoa, por dia. Porém sua capacidade nunca deve ser inferior a mil litros.


AEN
Foto:João Henrique
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