Meio Ambiente

Programa Mata Ciliar já plantou 78,1 milhões de mudas em todo o Paraná
25-03-2008 17:27

O Programa Mata Ciliar já garantiu, desde 2003, o plantio de 78,1 milhões de mudas de espécies nativas para a recuperação das matas que protegem as margens dos rios. A meta para este ano é plantar outros 25 milhões de árvores. O programa é desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) e coordenado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP),

Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, a maior conquista do programa foi garantir a adesão dos agricultores paranaenses nas ações de plantio, isolamento e abandono da área às margens dos rios para a recomposição da mata ciliar.

“Todas as 370 mil propriedades agrícolas do Paraná sabem hoje da existência do Mata Ciliar e da importância de uma nascente preservada, ou de um rio para o meio ambiente e para a produção”, diz o secretário. Segundo ele, as 78,1 milhões de mudas já plantadas são resultado de um trabalho pensado, construído e realizado em parceria.

“Nesta Semana da Água, quero agradecer a participação de cada cidadão, agricultor, cooperativa, município ou instituição, que colaboram a cada dia para que as árvores plantadas cresçam e, com elas, a consciência das pessoas”, acrescentou Rasca.

Evolução – Atualmente, cinco anos após sua implantação, o Programa Mata Ciliar está presente nos 399 municípios do Paraná e virou referência pela adesão estadual. Para alcançar a meta de plantar 100 milhões de árvores, o governo do Estado reestruturou os 20 viveiros do IAP. Até 2003, eram produzidos três milhões de mudas anualmente nestes viveiros. Em 2007 foram dez milhões.

Além disso, foram adquiridos outros 412 viveiros, modernizados, que foram entregues a parceiros do programa, como municípios, colégios agrícolas, Sanepar, Apaes, Centros de Socioeducação, penitenciárias, instituições públicas e privadas, para descentralizar a produção. Juntos estes viveiros produzem, em média, 15 milhões de mudas por ano.

Segundo Rasca, até 2003 eram produzidos dois milhões de mudas de espécies exóticas, como pinus e eucalipto, e apenas um milhão de árvores nativas. Hoje, 100% da produção é de espécies nativas. “Se comparássemos a produção de espécies nativas até 2003, com o que produzimos atualmente somente nos viveiros do IAP, já seria um aumento de 1.000%”, destaca o secretário.

Legislação - A mata ciliar é toda vegetação encontrada nos córregos, nascentes, represas, lagos e rios, entre outros. É considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais.

Conforme a legislação, a faixa reservada para mata ciliar é de 50 metros nas nascentes e 30 metros nas margens dos cursos de água. Segundo orientação do IAP, as mudas recebidas pelo agricultor devem ser plantadas em espaçamentos de 3m x 2m e isoladas por arame, de forma a impedir o acesso de animais.

De acordo com o coordenador estadual do programa, Paulo Roberto Caçola, é importante o acompanhamento de cada muda plantada. “Após o plantio deve-se cuidar do desenvolvimento das mudas e sempre procurar ajuda do IAP ou dos técnicos da Emater para isso”, diz. Segundo ele, muitos produtores já constatam o aumento da quantidade de água e melhora na qualidade da produção, após a recomposição da mata ciliar.

“Isso porque a mata ciliar promove o processo de filtragem dos resíduos agroquímicos, evitando que os mesmos atinjam os cursos d’água”, destacou. Em contrapartida, em áreas onde a mata ciliar é mínima ou inexistente, há um aumento significativo nas pragas das lavouras, levando prejuízos às propriedades rurais. “Outra conseqüência é a escassez de água. Sem vegetação não é possível a infiltração da água para os lençóis fluviais”, ressalta Caçola.

Para conhecer mais sobre o programa Mata Ciliar acesse http://www3.pr.gov.br/mataciliar . O site divulga o ranking de municípios que têm mais arvores plantadas, as espécies cultivadas no Estado e a quantidade de mudas plantadas por minuto.


AEN
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