Nacional

Coordenador do Inmet diz que ano será de chuvas no Nordeste e seca no Sul do país
23-03-2006 18:38

Brasília – As previsões climáticas deste ano para o Brasil são de seca no Sul e chuva no Nordeste. O coordenador-geral de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Alaor Júnior, explicou hoje (23) que o país está entrando no período de niña. Trata-se do período frio do fenômeno el niño, que é água quente na faixa equatorial do Oceano Pacífico da costa do Peru para o centro do oceano. La niña é o contrário: é um período de águas frias que vai da costa do Peru e do Equador até o centro do oceano.

"Tradicionalmente, nos anos de la niña, a gente não tem seca no Nordeste. Deve afetar um pouquinho o Sul do Brasil, mas tradicionalmente isso não ocorre no Nordeste. Quando temos la niña, o Nordeste é mais chuvoso", afirmou Alaor Júnior.

Para comemorar o Dia Meteorológico Mundial, celebrado hoje (23), em Brasília, o Inmet programou para todo o dia um ciclo de palestras com o tema "Prevenção e Mitigação dos Desastres Naturais". O diretor do Inmet em Brasília, Antônio Divino Moura, disse que o trabalho do instituto é monitorar de hora em hora o que acontece com as chuvas, a temperatura, a umidade, o vento e a radiação solar que chega ao solo.

Os dados são captados pelas cerca de 205 estações meteorológicas do Brasil e enviados para um satélite que os retransmite imediatamente para uma estação na Universidade de Brasília (UnB). De lá, as informações são disponibilizadas em tempo real na página do Inmet, www.inmet.gov.br. De hora em hora, é possível ter fotografias da situação climática do país.

"A gente faz previsão para até três dias, com um detalhamento muito grande, também disponível ao público. As de uma semana, um mês, três meses, são as previsões climáticas, e essas a gente também faz em parceria com o pessoal da Ciência e Tecnologia, é uma parceria muito boa com o Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] lá em São José dos Campos", informou Moura.

Em relação aos desastres naturais, o diretor do Inmet explicou que, para acabar com enchentes e secas, comuns no Brasil, é necessário haver mais políticas pública de prevenção. "O Inmet atua muito mais no fornecimento dos dados, das informações, trabalhando com a defesa civil nacional dos estados", afirmou.

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
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