Nacional

Ministra diz que Paraná está na rota de produção do Hbio
31-05-2006 15:07

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou ontem (30) o início da produção do Hbio na refinaria da Petrobras sediada no Paraná – a Repar. A declaração foi dada durante a solenidade de compra, pela Copel, da totalidade das ações da multinacional norte-americana El Paso na empresa UEG Araucária Ltda, proprietária da Usina Termelétrica de Araucária.

O Hbio é um novo tipo de combustível que mistura óleo vegetal (de soja, mamona, palma e outras oleaginosas) no processo de fabricação do diesel, resultando em um óleo menos poluente e de melhor qualidade. Para Dilma Rousseff, “será uma revolução no que diz respeito à produção de combustíveis”.

A ministra sugeriu que essa seja uma alternativa de combustível para a Usina de Araucária, funcionando como um “plano b”, para eliminar riscos. Segundo o diretor de Geração, Transmissão e Telecomunicações da Copel, Raul Munhoz Neto, um dos próximos passos da Companhia será adaptar a Termelétrica para gerar energia a partir de outras fontes, além do gás.

A previsão é de que o Hbio seja produzido em larga escala no final do primeiro semestre de 2007. As primeiras grandes experiências com o Hbio, por enquanto, podem ser feitas em mais duas refinarias, além da Repar: a mineira Regap e a Refap, do Rio Grande do Sul.

Para Dilma Rousseff, a tecnologia do Hbio é muito importante, especialmente pela forte presença da agricultura e do agronegócio no país: “É um grande achado. Como se tivesse achado em uma plantação, um poço de petróleo”, afirma.

Processo - A refinaria de petróleo produz, entre outras coisas, o óleo diesel. Segundo Dilma Rousseff, como o diesel brasileiro tem muito enxofre, acaba muitas vezes não se enquadrando nas especificações ambientais exigidas no país ou mesmo no exterior. A mistura com o óleo vegetal, então, vai permitir a produção em grande escala de um diesel menos poluente, de alta qualidade e adequado às exigências do mercado.

Os testes com o Hbio indicam que o óleo vegetal pode ser misturado, de 10% a 18%, diretamente no processo de produção do diesel. No caso do biodiesel tradicional, os grãos são processados em uma unidade produtora de biodiesel, e depois o produto é misturado em menor proporção ao diesel derivado de petróleo.

Agência Estadual de Notícias
Foto: José Adair Gomercindo-SECS
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