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Assentados do Paraná se mobilizam neste mês por mais escolas no campo
16-10-2006 14:33

Curitiba - O setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná, mobilizou neste ano cerca de 8 mil crianças dos 311 acampamentos e assentamentos do estado para participar, em várias regionais, de manifestações durante todo o mês de outubro.


O objetivo das oficinas pedagógicas e marchas é entregar a prefeitos reivindicações de que sejam implantadas mais escolas municipais e estaduais no campo. Eles querem também a reforma urgente das escolas já existentes.

O coordenador do setor de Educação do MST, Alessandro Santos Mariano, disse hoje(16) à Agência Brasil que em apenas 92 acampamentos do estado as escolas estão funcionando normalmente. Metade das 30 mil famílias assentadas no Paraná, onde vivem crianças e adolescentes de 5 a 14 anos de idade, ainda sofrem diariamente para mandar seus filhos à escola. "Eles estudam em municípios vizinhos e passam horas em ônibus, e chegam cansados na sala de aula".

De acordo com Mariano, as atividades começaram no início do mês em diversos municípios, faltando apenas Palmital, onde começaram hoje (16) e vão até o dia 18; Planaltina do Paraná, nos dias 28 e 29; Quedas do Iguaçu, 22 e 24; Cantagalo, 2 e 3 de novembro; Renascença, 18 deste mês e Cascavel, que ainda não tem uma data marcada.

Ana Paula, 11 anos, do acampamento Santos Furtado, de Quedas do Iguaçu disse que ela e seus companheiros querem uma escola do campo com professores que ensinem agroecologia, porque quando ficarem mais velhas poderão trabalhar com a terra e tirar o seu próprio sustento. Olavo Pereira, 13 anos, do Assentamento Chapadão, Laranjal, disse que deseja uma educação voltada para a sua realidade e por isso acha importante a escola do campo, "onde todos aprendem a mexer com a terra".




Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
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