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Campo de Provas no Pará e Fazenda em Mato Grosso concentram trabalhos de resgate e pré-identificação de corpos
05-10-2006 11:51

Campo de Provas Brigadeiro Veloso (PA) e Fazenda Jarinã (MT) - O trabalho no Campo de Provas Brigadeiro Veloso, próximo à Serra do Cachimbo, no sul do Pará, não pára. É de lá que sai a ajuda para a operação de resgate dos corpos do acidente com o Boeing da Gol, que caiu na região na última sexta-feira (29).


Mais 16 corpos chegaram ontem quarta-feira (4) ao Instituto Médico Legal, em Brasília. Eles foram armazenados em recipientes de fibra de vidro e envolvidos em gelo para manter a temperatura ideal. O transporte foi feito por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o Búfalo. Outros 20 corpos foram removidos de helicóptero do local da queda e armazenados em um caminhão frigorífico para exame dos legistas.

A base de operação funciona na fazenda Jarinã, que fica a 35 quilômetros do local do acidente. É onde os peritos fazem o trabalho de pré-identificação dos corpos. O procedimento é importante para acelerar a identificação das vítimas, explica o perito criminalista Zuilton Marcelino. "O corpo está em processo de decomposição, então quanto antes for feita essa coleta de material, melhor será a qualidade. Tem uma pessoa específica fazendo registro do que veio junto com o corpo, seja uma aliança, um anel, um brinco, a vestimenta que ele estava, as características da pessoa, se é homem, mulher, criança. Também fazemos a coleta das impressões digitais e a análise da arcada dentária."

Vinte homens do Centro de Instrução de Guerra na Selva vão reforçar o efetivo. Todo o trabalho de resgate foi acompanhado pelo médico Marco Antônio Magalhães, parente de duas vítimas - a médica Rosana Magalhães, de 27 anos, e o filho dela, Pedro Peixoto, de 3 anos. Ela iria comemorar, em Brasília, o aniversário do pai.


Marco Antônio viu de perto as dificuldades dos peritos. "A gente caminhou dentro da mata e eu observei que o trabalho tem que ser feito de um a um, tem que ser tirado com cuidado. É demorado, é trabalhoso, mas tem que ser feito por gente especializada. A gente fica ansioso pelo resgate dos corpos o mais rápido possível, mas a situação é muito complicada."




Karla Wathier
Repórter da TV Nacional

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