Política

Berzoini pede licença da presidência do PT, que expulsa quatro envolvidos com dossiê
07-10-2006 12:39

Elaine Patrícia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Depois de mais de seis horas reunido com a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Berzoini, informou que se licenciou da presidência nacional do partido, cargo que ocupava desde o início do ano. A executiva também expulsou quatro petistas ligados à negociação de um dossiê que envolveria políticos do PSDB com a compra superfaturada de ambulâncias.

“Meu afastamento tem o único objetivo não deixar nenhum embaraço para o pleno funcionamento da Executiva nesse momento. Eu refleti essa decisão com todos os membros da Executiva Nacional e sei individualizar posições. Mas eu topei fazer uma média das opiniões e ter uma posição que fosse conseqüente com a minha história no PT. O que o partido precisar nesse momento de mim nesse momento estarei à disposição”, disse em São Paulo.

Quem assume a presidência do partido é o atual coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, que vai acumular as duas funções. O novo presidente do partido leu uma nota oficial da Executiva Nacional em que também oficializava a expulsão de quatro petistas acusados de envolvimento com a negociação do dossiê: Oswaldo Bargas, Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso e Hamilton Lacerda.

“A Executiva Nacional do PT repudia a atitude destes filiados, considera um equívoco substituir a disputa de projetos por este tipo de prática, condena a promiscuidade com o grupo de criminosos, bem como o total desrespeito à democracia partidária. Os filiados que assim agiram colocaram-se na prática fora do partido. E por decisão da Executiva Nacional estão politicamente expulsos do PT”, registra o texto.


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