Política

BRDE liberou R$ 1 bilhão para a região Sul em 2006
16-02-2007 11:14

A marca é histórica: o setor produtivo da região Sul recebeu R$ 1 bilhão do BRDE em 2006. Foram realizadas mais de 8,7 mil operações de financiamento nos três estados – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul . Com este volume de dinheiro aplicado na produção, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul alcançou 119,2% da meta anual. Os números fazem parte do balanço parcial, que também aponta a liderança da agropecuária na tomada de crédito, com R$ 316 milhões, seguida pela indústria, com R$ 283,5 milhões.

O diretor-presidente do BRDE, Carlos Marés, comemorou o resultado preliminar. Segundo ele, a marca atingida pelo banco em apenas um ano consolida uma trajetória em ascensão desde 2003. “Os primeiros números do nosso balanço são reveladores”, diz Marés. “São dados que confirmam, de forma incontestável, a importância do BRDE para o desenvolvimento sustentável da região Sul, onde os projetos financiados levam em conta a geração de emprego e renda, mas com respeito ao meio-ambiente”.

O montante registrado no ano passado representa um crescimento nominal de 133,7% em relação ao total financiado em 2002, de R$ 428,19 milhões. A alta no desempenho também pode ser sentida no ranking das instituições credenciadas a operar linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2002, o BRDE ocupava a 14ª posição em nível nacional. Em 2006, com o incremento nas operações, o banco subiu seis posições e, agora, ocupa o 8º lugar.

Outro dado revelador do balanço parcial do BRDE aparece na modalidade de financiamento conhecida como BNDES/Automático. Nesta operação, voltada preferencialmente para pequenas e médias empresas, o BRDE é líder no ranking nacional: foram desembolsados R$ 230,8 milhões no ano passado. Um resultado bom puxa outro. Entre as instituições financeiras sem carteira comercial (que não são bancos de varejo), o BRDE é o terceiro no ranking do Banco Central, atrás apenas do BNDES e do Banco Volkswagen.

Exemplo - Um caso de projeto perfeitamente ajustado à filosofia do BRDE é o do frigorífico Frimesa, de Medianeira, Oeste do Paraná. O banco está financiando 90% do projeto de ampliação da empresa, um investimento de R$ 45 milhões. Daqui a um ano, segundo o cronograma da Frimesa, o número de funcionários da fábrica de produtos lácteos e derivados de carne suína vai passar de 1,2 mil para 2,4 mil. Há dois meses, 400 trabalhadores foram contratados ali. Além disso, o canteiro de obras já emprega 140 trabalhadores. A expectativa é gerar 3 mil empregos indiretos.

“Isso tem forte impacto na economia da região”, diz o diretor financeiro do BRDE, Paulo Furiati, que visitou o frigorífico para acompanhar o ritmo das obras de ampliação. Da área construída, são 3 mil metros quadrados para reforma e 22 mil metros quadrados para erguer. Com isso, vai triplicar a fabricação de produtos derivados de carne suína - boa notícia para 700 criadores da região de Medianeira. “Vamos aumentar nossa capacidade de abate de 1,5 mil para 4 mil cabeças”, avisa o diretor executivo da Frimesa, Elias Zydek.

De acordo com Zydek, não seria possível crescer tanto sem apoio. “O BRDE entende o nosso negócio”, afirma. Faz sentido. Praticamente todas as operações de investimento da empresa, desde 1980, contaram com a ajuda do banco. Razão pela qual a história do sistema cooperativista do Paraná se confunde com a própria história do BRDE. Não é por acaso que, nos últimos quatro anos, as cooperativas tenham recebido R$ 500 milhões em financiamentos do banco. Como dizem os próprios executivos das cooperativas, o Estado entende e apóia o agronegócio.

Agência Estadual de Notícias
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