Notícias

Candidatas mulheres não chegam à metade da cota exigida por lei
23-07-2006 02:34

TweetVladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou hoje (21) os dados de escolaridade, sexo e faixa etária dos 19.166 candidatos que disputam as próximas eleições. A participação das mulheres aumentou, mas ainda não chega à metade da cota exigida por lei. A legislação exige que os partidos apresentem, pelo menos, 30% de candidatas mulheres. Este ano, a participação feminina será de 13,95%.

O Senado é a vaga em que há maior número de mulheres disputando: 16,2% do total, contra 12,2% na última eleição. . A menor participação feminina é na disputa pela Câmara Federal, com 12,4%. Em 2002, 10,5% dos candidatos era mulher.

O descumprimento da lei não vai acarretar nenhuma punição aos partidos. Uma decisão do TSE já considerou que as vagas não preenchidas por mulheres são consideradas vazias. Ou seja, não existem e, portanto, não têm como ser preenchidas.

O Distrito Federal apresentou o maior percentual de candidatas mulheres, com 20,2%, seguido pelo Tocantins (19%) e Acre (18,9%). O estado que teve o menor número relativo de mulheres foi a Paraíba, com 7,7% de participação feminina.

Quanto à escolaridade, os dados do TSE apontam que, dos oito candidatos à presidência, só um, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem apenas o ensino fundamental completo. Os demais alegaram possuir diploma universitário. Entre os concorrentes a govenadores, 74% possui nível superior completo. Apenas dois afirmaram apenas ler e escrever, ambos do Mato Grosso: Roberto Pereira, do PHS, e Plauto Vieira , do PRP. Apenas um candidato, do Mato Grosso do Sul, informou ser analfabeto, o que pode inviabilizar sua candidatura, já que a Constituição Federal prevê que apenas podem concorrer quem for alfabetizado.

Relativamente à faixa etária, quase a metade (46,3%) dos candidatos têm entre 45 e 59 anos. Já os jovens, entre 18 e 24 anos, não chegam a 1,5% do total.