Política

Governo do PR rebate prefeito de Curitiba e reafirma suspeitas
14-02-2007 19:13

Denúncias do Governo do Paraná são objetos de uma ação que tramita na 2ª Vara da Fazenda, em Curitiba, ainda em fase inicial. O Governo do Paraná pede a nulidade do pagamento feito à DM, o ressarcimento da quantia aos cofres públicos e a punição de quem autorizou os pagamentos. Na fase inicial do processo, os bens da construtora tornaram-se indisponíveis a pedido do governo do Estado e foram liberados, posteriormente, por uma liminar.


Tendo em vista matéria paga publicada nos jornais do Paraná nesta quarta-feira (14), assinada pelo prefeito Beto Richa, o Governo do Paraná esclarece:

1) No dia 30 de dezembro de 2002, dois dias antes de o governador Roberto Requião tomar posse, o então diretor-administrativo e financeiro do DER, José Richa Filho, fez um pagamento de R$ 10.783.827,32 à empresa DM.

2) Assim que tomou posse, tendo conhecimento desta operação feita ao apagar das luzes da administração Jaime Lerner, considerando-a irregular, o governador Roberto Requião pediu à Justiça a nulidade do pagamento e o ressarcimento da quantia quitada.

3) Esse pagamento referia-se a serviços prestados pela DM na duplicação da BR-376 entre Curitiba - Garuva, realizada por Requião em seu primeiro mandato (1991-1994). Quer dizer: a quantia foi paga sete anos depois da obra concluída.

4) Conforme denúncias que o governador Roberto Requião recebeu, esse pagamento nada mais foi que uma engenharia financeira para cobrir gastos de campanha nas eleições para o Governo do Estado em 2002, envolvendo o candidato apoiado pelo governo Jaime Lerner, o então vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa.

5) A ação que pede a nulidade do pagamento e o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos tramita na 2ªVara da Fazenda Pública em Curitiba, sob o número 236/2003.

6) O Governo do Paraná lamenta que o prefeito Beto Richa, em vez de contribuir para esclarecer um episódio obscuro que envolve o seu nome e o de seu irmão, derive para a agressão, para a infâmia e, mais uma vez, use o nome do seu pai para fugir de suas responsabilidades. Registre-se que, em momento algum, o governador Roberto Requião referiu-se ao pai do prefeito.

7) O destempero do prefeito Beto Richa revela o óbvio: sem argumentos, sem fatos sólidos onde se apoiar, sem como dar uma explicação convincente à opinião pública, ele repete o triste roteiro daqueles que não têm razão, grita, ofende, perde a compostura.

8) A verdade está nos fatos. E os fatos devem ser apurados. O estranho pagamento feito 48 horas antes da extinção do mandato do antigo governo deve ser investigado. As denúncias e suspeitas de que o dinheiro foi desviado para pagamento de dívidas de campanha eleitoral precisam ser esclarecidas.

9) O esperneio, a má-educação, o apelo fácil e constrangedor a memórias familiares não podem encobrir a verdade. Por mais que o prefeito grite e ofenda, isto não vai livrá-lo da suspeita.

10) Coragem é enfrentar os fatos. É denunciar toda e qualquer falcatrua com dinheiro público. Covardia é esconder-se. É empilhar um monte de ofensas, frases e adjetivos mal alinhavados achando que isso possa transformá-lo em vítima. Enfim, uma saída medíocre que qualquer marqueteiro eleitoral aconselha.

11) Tentativas de desmentir os fatos, da parte de quem quer seja, não anulam o pagamento suspeito. Ele aconteceu, foi indevido e o Governo luta na Justiça para ver-se ressarcido. E a suspeita é ainda mais tenebrosa quando se sabe que a quantia foi repassada à empreiteira 48 horas antes do fim do mandato do governo de Jaime Lerner.

12) O governador do Paraná espera que a intensa repercussão do fato na imprensa estimule os órgãos de comunicação a também investigar as denúncias. Afinal, desde 2003 o governador Roberto Requião fala sobre o assunto .

Assessoria de Imprensa do Governo do Paraná
Agência Estadual de Notícias
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