Política

Maioria dos 72 parlamentares citados por relatório da CPI são do PL, PTB e PP
13-08-2006 14:00

Iolando Lourenço e Luciana Vasconcelos
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - Com a divulgação do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, os partidos começam a tomar providências em relação aos seus parlamentares que tiveram pedido de investigação solicitado pela CPI. O PFL, por exemplo, mantém a decisão de expulsar da legenda os parlamentares do partido envolvidos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias. Ao todo, sete pefelistas foram citados.

O PSB, que tem quatro deputados citados no rol dos 72 a serem investigado pelo Conselho de Ética, divulgou nota afirmando que vai notificar os deputados para que eles apresentem a defesa em relação ao relatório da CPI. A Comissão de Ética do partido vai se reunir no próximo dia 15 para definir as medidas a serem tomadas contra os parlamentares.

O PTB, do deputado cassado Roberto Jefferson, tem 16 parlamentares a serem investigados pelo Conselho de Ética vai aguardar julgamento do Supremo Tribunal Federal para tomar providências quanto aos seus deputados e se confirmada a culpa, vai desfiliar os políticos. O partido perde em número de parlamentares envolvidos apenas para o PL do ex-deputado Valdemar Costa Neto, com 18 na lista da CPI.

O PP, que não se manifestou sobre as medidas a serem tomadas contra os parlamentares envolvidos no esquema dos Sanguessugas tem 13 deputados citados. O PMDB tem oito envolvidos. O PT tem dois parlamentares citados, assim como o PRB e o PSC tem um.

E o deputado Fernando Estima (PPS-SP) não corre mais o risco de sofrer sanções dentre de seu partido. O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), solicitou ao Conselho de Ética do partido o arquivamento do processo contra ele.

Freire havia pedido ao colegiado que investigasse o parlamentar após ele ser um dos 90 notificados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas. O relatório inocenta 18 deputados e Estima está entre eles. A decisão foi tomada pelo partido após divulgação do relatório.

Nenhum parlamentar do PPS está na lista dos 72 nomes que deverão ser encaminhados aos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado. O PSDB não tem nenhum parlamentar mencionado. O partido encaminhou ao Conselho de Ética representação defendendo a expulsão de parlamentares da legenda notificados pela CPI. Ameaçado, Paulo Feijó, que foi citado hoje pela CPI, pediu desligamento da sigla tucana no início do mês.

Mesmo não tendo parlamentares citados entre os 72, o PSDB disputa o Senado na Paraíba com tucano Cícero Lucena que tem como primeiro suplente na chapa o deputado Carlos Dunga, do PTB, que deverá ser investigado pelo Conselho de Ética da Câmara.


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