Saúde

Álcool gel deve ter registro na Anvisa e não é recomendado para a limpeza de superfícies
19-08-2009 20:50

Considerado como um dos aliados no combate à nova gripe, o uso do álcool em gel requer atenção e cuidados. De acordo com a chefe da divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Jussara de Fátima Serrato dos Santos, a população deve procurar produtos legalizados e registrados no Ministério da Saúde.

“É importante que o consumidor preste atenção no rótulo. Ele deve trazer informações sobre o produto, data de fabricação e validade, composição, conteúdo, modo de usar e precauções”, explicou.

A Secretaria Estadual da Saúde orienta, por meio de suas Regionais em todo Paraná, que as divisões municipais de vigilância sanitária apreendam álcool em gel comercializado de forma irregular ou duvidosa. Produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sem controle de fabricação não só causam danos aos usuários, como não combatem o vírus da nova gripe.

No caso de álcool manipulado, a atenção é para o estabelecimento escolhido. Jussara alerta para a necessidade da licença sanitária, que garante que a farmácia cumpre boas práticas de higiene e conta com profissional capacitado.

CUIDADOS - A chefe da divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Sesa lembra que, para ser eficaz contra vírus e bactérias, o produto deve ter concentração de 70% de álcool. Somente neste percentual ele consegue atravessar a membrana de vírus e bactérias. Na falta de álcool em gel, ou líquido, lavar bem as mãos com água e sabão funciona.

“Não é preciso pagar caro pelo álcool em gel. Ele é uma alternativa para aquelas pessoas que não têm como lavar as mãos. É mais prático porque pode ser levado em um pote pequeno. Mas, não é a única medida de prevenir a nova gripe e deve ser usado em conjunto com bons hábitos de higiene”, destaca.

USO - A técnica orienta, também, para que o álcool em gel seja usado apenas nas mãos e braços. Para limpeza de mesas e outras superfícies, o recomendado é o álcool líquido.

“O produto em gel é mais destinado para uso na pele porque sua textura diminui o risco de incêndios. O problema ao passar sobre a mesa é que, quando o álcool evapora, o gel fica e forma uma camada que acumula sujeiras e bactérias. O produto líquido é perfeito para isso”.

APREENSÃO - Na semana passada, 71 galões de 5 quilos de álcool em gel, 52 potes com um quilo e 19 potes com 250 gramas do produto, sem a devida identificação, foram apreendidos em Curitiba. Eles eram produzidos em fábricas de cidades vizinhas, que já são fiscalizadas. Os comerciantes foram notificados e terão 15 dias para apresentar defesa. Se comprovadas as irregularidades, serão punidos de acordo com as normas da Anvisa, que podem ir da advertência ao pagamento de multa.

O diretor do Centro de Saúde Ambiental da prefeitura de Curitiba, Sezifredo Paz, também reforça as recomendações. “Ao comprar álcool para se prevenir da gripe, o consumidor deve também ter a certeza de estar levando para casa um produto específico para higiene das mãos”, alertou.

Ele pede para que qualquer irregularidade seja informada às prefeituras municipais. “Na Capital, a população pode ajudar, fazendo denúncias de produtos ineficazes ou de fabricação suspeita pelo telefone 156”, acrescentou.


Agência Estadual de Notícias
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