Saúde

Além de prevenção, Paraná investe em investigação de casos de dengue
19-01-2009 18:15

Dados preliminares da Coordenação Estadual de Combate à Dengue apontam que no Paraná foram investigadas mais de 17 mil notificações de dengue em 2008, foram confirmados 957 casos da doença, sendo 81,7% (782 casos) autóctones – detectada no mesmo local (município de residência), onde ocorreu a transmissão.

De acordo com o superintendente em Vigilância em Saúde, José Lúcio dos Santos, a investigação das notificações reduz o risco de transmissão, pois permite detectar precocemente os casos e, consequentemente, a possível evolução da doença no Estado. “Apesar de mantermos a redução positiva de 97% no número de casos (2007 para 2008) o estado de alerta deve ser mantido como medida de prevenção à doença e também de promoção à saúde no Paraná”, explica.

De acordo com a chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, Márcia Gil Aldenucci, as notificações dos casos são feitas por meio do Sistema Nacional de Notificações de Agravos (Sinan) – ferramenta criada pelo Ministério da Saúde e implantada em todos os Estados.

“Além disso, a Secretaria também adota um sistema paralelo (com planilhas e gráficos para acompanhamento) de notificação de maior agilidade para ser utilizado principalmente nos períodos de epidemia. Nesse sistema são disponibilizadas informações rápidas e detalhadas em planilhas, com o número de pessoas notificadas com suspeita da doença e onde foram identificadas”, afirma.

Ela explica que logo após a identificação de casos suspeitos, são tomadas medidas de acompanhamento. A vigilância em saúde municipal é notificada e inicia-se então um trabalho de investigação e de bloqueio no local onde o paciente convive. O objetivo é identificar possíveis larvas do mosquito ou criadouros para que sejam eliminadas.

Ainda de acordo com ela, “a infecção pode ser assintomática (sem sintomas) ou com sintomas variados, cujo tratamento deve ser realizado de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente. Essas medidas visam a estabilização do quadro geral do paciente, objetivando a cura”.

No Paraná, para investigação é acionado todo o procedimento laboratorial específico. A sorologia para dengue é feita no Laboratório Central do Estado (Lacen/Curitiba), Laboratório Lepac (Maringá), Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina e o Laboratório de Fronteira de Foz do Iguaçu.

DOENÇA – A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus. Existem quatro sorotipos diferentes do vírus – DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Os primeiros sintomas são febre com dor de cabeça e dor no corpo. Desde do aparecimento dos primeiros sintomas já é importante procurar um serviço de saúde para que aja acompanhamento médico adequado.

Caso a pessoa já tenha tido dengue antes, é essencial que o médico seja informado na ocasião da consulta. Em caso de dengue hemorrágica, com presença de sangramento, o quadro clínico tende a se agravar rapidamente e pode levar à morte.

Agência Estadual de Notícias
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