Saúde

Anvisa investiga estado de saúde de tripulantes de navio atracado no Porto do Rio
03-07-2009 17:36

Rio de Janeiro - Os exames de sangue dos tripulantes do navio Kintfi, que atracou no Porto do Rio de Janeiro com uma pessoa infectada por malária devem ficar prontos até segunda-feira (6), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo o órgão, o navio, que veio da Nigéria, foi dedetizado para evitar a proliferação da doença – transmitida por um mosquito. Mesmo assim, os 16 tripulantes foram recomendados a não deixar a embarcação até o resultado final dos exames. O tripulante doente está em tratamento em uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz.

A Anvisa explicou que o comandante do Kintfi omitiu dos técnicos da vigilância a presença de um tripulante com malária, ao atracar, na última quarta-feira (1º), no Porto do Rio. Caso a informação tivesse sido prestada, o navio deveria ter ficado em quarentena, em alto-mar, ou em lugar determinado pela Anvisa.

O órgão de vigilância também informou que as operações deveriam ficar suspensas na embarcação. No entanto, muitos estivadores estão trabalhando no navio, auxiliando no embarque de arame e vergalhão, de acordo com o sindicato dos estivadores.

O vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes dos Trabalhadores Portuários (CPATP), Eduardo Souza, disse que a guarda portuária tem atuado para impedir a operação do navio, mas que muitos trabalhadores preferem se arriscar.

“Tem gente que está trabalhando, correndo risco. Eles dizem que o navio está liberado, mas tem trabalhadores que não estão se entregando [respeitando a determinação], por medo”, afirmou.

Apesar de recomendar a suspensão das atividades, a Anvisa reforçou que após a dedetização, o navio não oferece mais risco. De acordo com a agência, caso a malária seja detectada em outros tripulantes, eles também devem ser tratados no Brasil.


Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
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