Saúde

Central de Transplantes do Paraná garante toda segurança a pacientes
29-08-2008 19:30

Pacientes que aguardam pela doação de órgãos e tecidos no Paraná têm manifestado preocupação depois do fato ocorrido no Rio de Janeiro, onde médicos transplantaram um rim à paciente errada. A confusão ocorreu por que as receptoras possuíam nomes similares. A Central Estadual de Transplantes (CET-PR) esclarece, no entanto, que no Paraná nunca houve um fato como esse e que os pacientes podem ficar tranqüilos, já que o procedimento de cadastramento ocorre através de um sistema rígido de controle.

“É normal que os receptores expressem esse tipo de preocupação. Por isso, informamos que estamos atentos aos detalhes de cada paciente que se encontra na fila de espera por um órgão. Todo procedimento de cadastro é realizado minuciosamente a fim de evitar que ocorra um problema como esse” ressalta Jussara Freitas Trancoso, Coordenadora da Central Estadual de Transplante do Paraná.

A inclusão na lista de espera deve ser feita exclusivamente pelas equipes de transplantes cadastradas na CET-PR, que recebem dos médicos especialistas a ficha do paciente. O cadastro exige uma avaliação criteriosa para indicação do procedimento. No formulário próprio devem estar registrados todos os dados do receptor, inclusive de identificação, com cópia do CPF, comprovante de endereço e laudo do ABO (tipagem sanguínea)

“Após a verificação dos dados, se inicia a inclusão no Sistema Nacional de Transplantes. No momento da inclusão, é consultado se este receptor já existe em outro Estado, para evitar que uma mesma pessoa seja cadastrada duas vezes. Somente após a checagem é que confirmamos a inscrição”, explica Schirley Batista Nascimento, chefe Técnica da Central.

Caso o receptor possua o nome homônimo ou parecido com o de outro cadastrado, são procurados outros dados que possam identificá-lo melhor, como por exemplo, o nome da mãe, CPF ou data de nascimento. “Se ainda assim percebermos que há alguma dúvida, ligamos para cada um dos indivíduos e coletamos mais informações que os diferenciem. O cadastro só é concluído quando estamos certos de que completamos um número de informações suficientes sobre o receptor que o torne diferenciável e único no Sistema. As medidas tomadas garantem a segurança dos indivíduos”, completa Schirley.

De acordo com o médico nefrologista Alexandre Bignelli, é praticamente impossível acontecer uma situação como essa no Paraná. “Trabalho com a Central há oito anos e os procedimentos executados pela entidade no cadastramento são completamente criteriosos e seguros. Além disso, a fila de receptores no Paraná é muito menor do que a maioria dos estados, possibilitando que a equipe médica conheça individualmente cada um dos seus pacientes”.

CET-PR - A Central Estadual de Transplantes do Paraná recebe cadastros de pacientes com indicação de transplante de córneas, coração, fígado, rins e pâncreas, para de incluí-los no Sistema Nacional de Transplantes e concorrer a um órgão ou tecido. No momento 4.554 pacientes se encontram na fila de espera por um órgão ou tecido. Em 2007, foram realizados 2.888 procedimentos entre órgãos, córneas e tecidos.


Agência Estadual de Notícias
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