Saúde

Chuvas podem aumentar casos de leptospirose
24-09-2009 18:58

A população deve ficar atenta ao período de chuvas, pois é nesta época que pode aumentar os casos de leptospirose, doença causada por uma bactéria, do gênero Leptospira, presente na urina de ratos e ratazanas. Com as chuvas, ela se mistura à água de valetas, lama, lagoas e cavas e até mesmo nas enchentes e pode infectar pessoas que tenham contato com a água.

“A bactéria penetra no corpo humano por meio de pequenos ferimentos na pele, ou pela pele que esteve muito tempo em contato com a água. Com alguns cuidados e prestando atenção em pequenas ações preventivas é possível evitar grandes transtornos”, afirmou a coordenadora da divisão de zoonoses da Secretaria da Saúde, Giselia Rubio.

Após a infecção, o período de incubação da doença é em média de sete a 14 dias após o contato com a água contaminada. A confirmação só ocorre com a realização de exames laboratoriais feitos uma semana depois do início dos sintomas. “É imprescindível procurar um médico e alertá-lo sobre o contato com áreas de risco para a contaminação. Embora 90% dos casos tenham uma evolução benigna, a doença pode levar a morte se não for tratada de modo correto e precocemente”, explicou Giselia.

Em 2007 foram confirmados 375 casos e 31 óbitos em todo o Paraná. Já no ano passado foram 175 pessoas com a doença e 20 óbitos. Neste ano foram confirmados até agosto, 132 casos com 13 óbitos.

SINTOMAS - Os primeiros sintomas da doença são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas, dores pelo corpo, principalmente na panturrilha (barriga da perna), cansaço e calafrios. Também são frequentes dores abdominais, náuseas, vômitos, diarréia e desidratação. É comum que os olhos fiquem amarelados.

Em algumas pessoas os sintomas reaparecem após dois ou três dias de aparente melhora, podendo evoluir para um quadro grave de insuficiência renal, respiratório e hemorrágico.

CONTROLE DE ROEDORES – Na tentativa de controlar os ratos, que eventualmente estejam alojados nas casas ou quintais, a população sem orientação técnica competente, pode tentar utilizar meios equivocados para este fim. O alerta de Gisélia é exemplificado com a compra de raticidas em locais duvidosos, que na maioria das vezes são clandestinos. “Isto representa um grande risco para a saúde da família, principalmente das crianças, idosos e até mesmo pequenos animais domésticos, pois aumentam os casos de intoxicações acidentais com estes venenos”, ressaltou a coordenadora.

Com a intervenção errada do homem em tentar controlar os ratos com venenos inapropriados (para cada espécie, existe um tipo específico de veneno) ocorre uma desorganização na colônia, chamado efeito bumerangue, no qual inicialmente tem-se a impressão de que os ratos morreram, porém após alguns dias observa-se um aumento descabido no número de animais.

Giselia explicou que para uma espécie de animal se instalar em um ambiente, ela precisa de alguns fatores determinantes que são chamados de 4 “As” – Acesso, Abrigo, Alimento e Água. Isto serve para ratos, pombos, aranha-marrom, escorpiões, baratas, mosquito da dengue, e outras pragas. Por isso a população deve olhar sua casa “com outros olhos” e tentar identificar por onde os ratos entram em sua propriedade, onde eles podem estar escondidos, o que pode estar servindo de alimento e onde ele encontra água.

Outras orientações técnicas sobre controle de roedores podem ser obtidas nas Vigilâncias Sanitárias Municipais de todo Estado ou nos Centros de Controle de Zoonoses nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Pinhais, Araucária, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Maringá.

Agência Estadual de Notícias
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