Saúde

Combate à dengue prevê mobilização de profissionais e população
30-07-2008 11:20

A Secretaria da Saúde apresentou nesta terça-feira (29) o plano de ação de combate à dengue para o 2º semestre de 2008, que será composto de reuniões para debater a questão e de medidas práticas, como, por exemplo, treinamento de profissionais de saúde para as mais diversas funções, desde fiscalização e até tratamento do paciente.

Oito itens prioritários foram delimitados, entre eles: vigilância epidemiológica (manifestação de casos), entomológica (vetores) e assistência ao paciente. “Queremos intensificar ações, e para isso um dos pontos mais importantes é a mobilização – da população e das entidades – e isso está interligado com a prevenção de novos casos”, destaca o secretário da Saúde, Gilberto Martin.

Durante a reunião foi apresentada a situação atual da doença no Estado, que mantém os 97% de redução no número de casos comparado com o mesmo período do ano anterior, assim como um plano de ações para o segundo semestre deste ano.

Para o major Bortolini, representante da Defesa Civil, as ações dos gestores públicos só têm efeito se acompanhadas pela conscientização da população. “Isso faz parte do nosso calendário de atividades programado em parceria com a Secretaria da Saúde. A conscientização da população é muito importante”, reforça.

De acordo com a coordenadora de combate à dengue da Secretaria, Márcia Gil Aldenucci, o período de inverno é o ideal para criar um cronograma de atividades que auxiliarão futuramente nos meses quentes, onde a temperatura e outros fatores oferecem condições propícias para o surgimento de vetores.

O coronel Pombo do Nascimento, da Defesa Civil, que fez uma apresentação na reunião, lembrou das atividades desenvolvidas pela Defesa Civil nas 8 coordenações regionais do órgão. “Na região de Curitiba, por exemplo, trabalhamos muito nas escolas para que as crianças levassem as mensagens para seus pais, além de trabalhar nos bairros com informações”, lembrou o coronel, que apresentou atividades realizadas em todo o Paraná.

ELEIÇÕES – O secretário Gilberto Martin também expressou sua preocupação com o período eleitoral e sua incidência sobre a dengue. Martin acredita que o processo eleitoral pode desviar a atenção dos entes públicos e também da população. De acordo com ele é comum por diversas questões, inclusive a lei de responsabilidade fiscal, que os gestores municipais demitam agentes da dengue após as eleições. Se isso ocorrer, os novos gestores só se darão conta quando o problema estiver instaurado.

A representante da Secretaria da Educação, Solange da Cunha, reforçou o apoio junto à comunidade escolar. “Vamos continuar o combate à dengue em nossas escolas com os professores e material pedagógico”, afirmou.

Participaram do encontro os diretores das 22 regionais de saúde, coordenadores de combate à dengue das 22 regionais, os representantes das oito comissões regionais da Coordenadoria Regional de Defesa Civil (Coredec), além de representantes da Secretaria de Estado da Educação, Correio e Brasil Telecom.

EXPECTATIVA – Em setembro de 2007, o departamento de combate a dengue da Secretaria de Estado da Saúde, juntamente com outros órgãos, vai reunir-se em Maringá para desenvolver o primeiro plano de ação em conjunto deste comitê.

Naquele ano, em que o Paraná registrou o maior número de casos da doença – saldo superior a 25 mil casos, com sete óbitos – ocorreram uma série de medidas que a princípio foram baseadas nos registros de manifestação da doença e que seguiram com o objetivo de prevenção.

“Podemos ver os resultados, comparando 2008 com o ano anterior, tivemos uma redução de 97% dos casos de dengue”, destaca o secretário Gilberto Martin.

DADOS – O novo boletim informativo da dengue desta terça-feira (29) mostra que o Paraná teve este ano 705 casos autóctones da doença (contraídos dentro do próprio Estado) e 163 casos importados (em que a contaminação ocorre fora do Paraná, mas a doença é diagnosticada em uma unidade de saúde no Estado). No mesmo período do ano anterior, foram 24.516 casos autóctones, o que representa uma queda de 97,12%.

Os municípios com maior incidência da doença são Tapira, localizado na Região de Umuarama, com 1.463 casos para cada 100 mil habitantes, e Jaguapitã, próximo a Londrina, com 946 casos para cada 100 mil habitantes. Do outro lado, Apucarana e Toledo, com 0,84 e 0,92 casos para cada 100 mil habitantes, respectivamente, são os municípios com menor incidência dentre os que registraram casos da doença.


Agência Estadual de Notícias
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